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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A LEI DOS MILAGRES








Leo Tolstói
Лев Никола́евич Толсто́й
Única foto colorida de Tolstoi, em Yasnaya Polyana (1908)
Nome completo Lev Nikolayevich Tolstoi
Nascimento 9 de Setembro de 1828 Yasnaya Polyana Império Russo Império Russo
Morte 20 de novembro de 1910 (82 anos) Astapovo Império Russo Império Russo
Ocupação Escritor, novelista
Movimento literário Realismo
Magnum opus Guerra e Paz Anna Karenina
Assinatura Signature of Leo Tolstoy.jpg
Lev Nikolayevich Tolstoii, mais conhecido em português como Liev Tolstói (em russo: Лев Никола́евич Толсто́й; Yasnaya Polyana, 9 de setembro de 1828Astapovo, 20 de novembro de 1910) foi um escritor russo.
Além de sua fama como escritor, Tolstoi ficou famoso por tornar-se, na velhice, um pacifista, cujos textos e ideias contrastavam com as igrejas e governos, pregando uma vida simples e em proximidade à natureza.
Junto a Dostoiévski, Turgueniev, Gorki e Tchecov, Tolstói foi um dos grandes mestres da literatura russa do século XIX. Suas obras mais famosas são Guerra e Paz, sobre as campanhas de Napoleão na Rússia, e Anna Karenina, onde denuncia o ambiente hipócrita da época e realiza um dos retratos femininos mais profundos e sugestivos da Literatura.
Morreu aos 82 anos, de pneumonia, durante uma fuga de sua casa, buscando viver uma vida simples.



Biografia


Infância e juventude

Liev Nicolaevitch, conde de Tolstoi , nasceu em Yasnaya Polyana (nome da sua casa), que se localiza a 12 km de Tula e a 200 km de Moscovo. Era filho de Nicolas Ilyitch, conde de Tolstoi e de Maria Nicolaevna, princesa de Volkonsky.
Com a morte prematura dos pais, foi educado por preceptores. Em 1851, na juventude, o sentimento de vazio existencial levou-o a alistar-se no exército da Rússia. Tal experiência colaboraria para que, mais tarde, se tornasse pacifista.
Durante esta época de sua juventude, Tolstoi bebia muito, perdia muito dinheiro no jogo e dedicava muitas noites a ter encontros com prostitutas. Mais tarde, o velho escritor repudiaria esta fase de sua vida.

Vida adulta

No final da década de 1850, preocupado com a precariedade da educação no meio rural, Tolstoi criou em Iasnaia Poliana uma escola, para filhos de camponeses. O escritor mesmo escreveu grande parte do material didático e, ao contrário da pedagogia da época, deixava os alunos livres, sem excessivas regras e sem punições.
Em 1862, casou-se com Sophia Andreievna Bers, com quem teve 13 filhos. Durante 15 anos, dedicou-se intensamente à vida familiar. Porém, o casamento com Sophia seria repleto de distúrbios e brigas. Foi nessa época que Tolstoi produziu os romances que o celebrizaram - "Voina i mir" (Guerra e Paz - 1865/1869) e Anna Karenina. O primeiro consumiu sete anos de trabalho e ambos são considerados umas das maiores obras da literatura mundial.
Embora extremamente bem-sucedido como escritor e famoso mundialmente, Tolstoi atormentava-se com questões sobre o sentido da vida e, após desistir de encontrar respostas na filosofia, na teologia e na ciência, deixou-se guiar pelo exemplo da vida simples dos camponeses, a qual ele considerou ideal. A partir daí, teve início o período que ele chamou de sua "conversão".

Conversão

Seguindo ao pé da letra a sua interpretação dos ensinamentos cristãos, Tolstói encontrou o que procurava, cristalizando-se então os princípios que norteariam sua vida a partir daquele momento.
O cristianismo do escritor recusou a autoridade de qualquer governo organizado e de qualquer igreja. Criticou também o direito à propriedade privada e os tribunais e pregou o conceito de não-violência. Para difundir suas ideias Tolstoi dedicou-se, em panfletos, ensaios e peças teatrais, a criticar a sociedade e o intelectualismo estéril. Tais ideias postas tão explicitamente causaram confusão nos fãs do famoso escritor e influenciariam um importante admirador: Gandhi, nesta época ainda na África.
Após sua "conversão", Tolstói deixou de beber e fumar, tornou-se vegetariano e passou a vestir-se como camponês. Jaime de Magalhães Lima que visitou e correspondeu-se com Tolstoi escreveu: “Leão Tolstoi foi um adepto e um apóstolo do vegetarismo. E não é pouco nem insignificante que um tal espírito e tão sublimado coração perfilhasse e praticasse essa doutrina, que a inércia moral e o poder do vício desprezam ou escarnecem na cegueira própria da sua particular estreiteza.”3 Convencido de que ninguém deve depender do trabalho alheio passou a limpar seus aposentos, lavrar o campo e produzir as próprias roupas e botas. Suas ideias atraíram um séquito de seguidores, que se denominavam "tolstoianos". Decidiu abrir mão de receber os direitos autorais dos livros que viria a escrever, só voltou a querer utilizar este dinheiro quando precisou angariar fundos para transportar para o Canadá uma comunidade de camponeses perseguidos pelo governo.1
Tolstoi chegou a ser vigiado pela polícia do czar. Devido a suas ideias e textos, foi excomungado pela Igreja Ortodoxa russa, em 1901. Alguns de seus amigos e seguidores foram também exilados. Tolstoi somente não foi preso porque era adorado em todo o mundo como um dos maiores nomes da arte de seu tempo.
Tolstoi, porém, não conseguia alcançar a simplicidade em que acreditava. Sua família, especialmente a mulher Sophia, cobrava-lhe os luxos e riquezas aos quais estavam acostumados. Os filhos davam razão a mãe, a quem Tolstói amava e que ameaçava se matar quando o escritor fazia menção de abandonar a casa.
Sophia, que havia lhe dedicado a vida, cobrava que o escritor deixasse para ela, em testamento, os direitos autorais das obras que fez na fase final de sua vida. Tolstoi, por sua vez, elaborou um testamento secreto, no qual passaria todos os direitos autorais a um tolstoiano de nome Chertkov, que tornaria sua obra pública.
Aos 82 anos de idade, Tolstoi decide, enfim, fugir de casa e abandonar a família para largar aquela vida na qual ele não mais acreditava,para levar uma vida simples e feliz sem riqueza

Morte

Durante alguns dias a fuga foi um sucesso. Nos trens e nas estações por que passava, Tolstoi era reconhecido por todos, já que era o homem mais famoso da Rússia. Porém, devido a sua preferência em viajar em vagões de terceira classe, onde havia frio e fumaça, o já debilitado escritor contraiu uma pneumonia, que foi agravando rapidamente. No dia 20 de novembro de 1910, o velho escritor morreu durante a fuga, de pneumonia, na estação ferroviária de Astapovo, província de Riazan.
O trem funerário que trazia seu corpo foi recebido por camponeses e operários que viviam próximos à propriedade dos Tolstoi.
Seu caixão foi carregado seguido por uma multidão de 3 a 4 mil pessoas. O número teria sido ainda maior se o governo de São Petesburgo não tivesse proibido a vinda de trens especiais de Moscou para o enterro do escritor. Sua morte foi noticiada nos principais jornais do mundo. Encontra-se sepultado em sua casa em Yasnaya Polyana, Oblast de Tula na Rússia.4

Ideais


Proximidade com o anarquismo

Para Tolstoi, os Estados, as igrejas, os tribunais e os dogmas eram apenas ferramentas de dominação de uns poucos homens sobre outros, porém repudiava a classificação de seus ideais como sendo anarquistas. Foi citado pelo escritor anarquista russo Piotr Kropotkin no artigo Anarquismo da Enciclopédia Britânica de 1911 e alguns pensadores o consideram como um dos nomes do Anarquismo cristão. Outra aproximação com o anarquismo se deu em 1862, quando Tolstói, em viagem pela Europa, visitou o autor anarquista Proudhon. Este estava a escrever um texto chamado "La guerre et la paix", cujo título Tolstói propositalmente utilizou em seu maior romance.
O escritor não acreditava em guerras e revoluções violentas como solução para quaisquer problemas, mas sim em revoluções morais individuais que levariam às verdadeiras mudanças. Afirmava que suas teses se baseavam na vida simples e próxima à natureza dos camponeses e no evangelho e não nas teorias sociais de seu tempo.

A busca pelo natural

Apesar de afirmar ter-se convertido no último período de sua vida e de renegar seus trabalhos mais famosos, encontram-se nestes mesmos textos diversas referências sobre a busca do autor por uma vida simples e próxima à natureza. Segundo o escritor George Woodcock em "A História das ideias e movimentos anarquistas", em todos os romances que Tolstoi escreveu quando mais novo, ele "considera a vida tanto mais verdadeira quanto mais próxima da natureza".
Vários foram os personagens criados nesta época que representavam o ideal de vida simples e natural. Em "Os Cossacos" são os camponeses meio selvagens de uma área remota do Cáucaso; Em Guerra e Paz é o personagem Platão que é descrito no livro como a personificação da verdade e da simplicidade: "Suas palavras e ações brotam dele com a mesma espontaneidade que o aroma brota da flor". Em Anna Karenina outro camponês, também chamado Platão, é o símbolo desta aspiração de Tolstói.
Ainda antes, na infância, Tolstói alimentava, junto aos irmãos, um sonho de fraternidade total. Eles acreditavam que o círculo fraterno que formavam poderia ser expandido e englobar a humanidade inteira, eliminando todos os problemas. O local onde esta utopia foi idealizada, sob a sombra de uma árvore em um bosque da Rússia, é o local onde foi enterrado Tolstói, conforme ele pedira, e também mais um seu irmão.

Pacifismo

Tolstoi ficou famoso por ser um pacifista. Nas palavras de Mahatma Gandhi, com quem Tolstói trocou correspondência, o escritor foi o maior "apóstolo da não-violência". No livro "O Reino de Deus está em vós", Tolstoi baseia-se no Sermão da Montanha para afirmar que não se deve resistir ao mal utilizando-se do próprio mal.
No mesmo livro, continuando seu raciocínio pacifista, o escritor afirma ser contrário ao serviço militar obrigatório (e ao militarismo como um todo). Ele também defende e exalta povos como os Quakers, que buscam a simplicidade, a autonomia e não utilizam de violência.

Religiosidade sem dogmas

Foi excomungado pela Igreja Ortodoxa Russa, religião dominante no seu país, depois de tanto criticá-la. O escritor entendia como dogmas irracionais, que serviam para dominar o povo, alguns dos conceitos mais caros à Igreja. Considerava e seguia a doutrina de Jesus, mas achava impossível, por exemplo, que Jesus pudesse ser um homem e Deus, ao mesmo tempo. Para Tolstoi, Deus estava nas próprias pessoas e em suas ações e Jesus teria sido, para ele, o homem que melhor soube exprimir uma conduta moral que gerasse justiça, felicidade e elevasse espiritualmente a todos os homens.
Seu cristianismo exacerbado, no fim de sua vida, assemelhava-se ao cristianismo primitivo. Em alguns trabalhos publicados, seus textos foram muito mais longe que suas atitudes pessoais, como em "Sonata a Kreutzer", que mostra uma tendência a exaltar o celibato, porém o escritor ainda teve filhos depois desta obra. Pouco antes de sua morte, seus amigos o aconselharam a se retratar com a Igreja, este porém, recusou-se.

Citações


Todas as famílias felizes são iguais. As infelizes o são cada uma à sua maneira
Tolstói, em "Anna Karienina"

Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia.
Liev Tolstói

Os ricos fazem tudo pelos pobres, menos descer de suas costas.
Liev Tolstói

Enquanto houver matadouros, haverá campos de guerra.
Liev Tolstói

Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo.
Liev Tolstói

Em vão, centenas de milhares de homens, amontoados num pequeno espaço, se esforçavam por desfigurar a terra em que viviam. Em vão, a cobriam de pedras para que nada pudesse germinar; em vão arrancavam as ervas tenras que pugnavam por irromper; em vão impregnavam o ar de fumaça; em vão escorraçavam os animais e os pássaros - Em vão... porque até na cidade, a primavera é primavera.
Tolstói, em "Ressurreição"

O homem pode viver 100 anos na cidade sem perceber que já está morto há muito tempo
Tolstói, em "Sonata a Kreutzer"

A felicidade é estar com a natureza, ver a natureza e conversar com ela.
Tolstói, em "Os Cossacos"

Obras mais relevantes


  • Infância (1852)
  • Adolescência (1854)
  • Juventude (1856)
  • Crônicas de Sebastopol (1855-1856)
  • A felicidade conjugal (romance, 1858)
  • Cossacos (romance, 1863) - descreve a vida deste povo.
  • Guerra e Paz (romance, 1865-1869) - é uma monumental obra, na qual Tolstói descreve dezenas de diferentes personagens durante a invasão napoleônica de 1812, na qual os russos incendiaram Moscou ou Moscovo.
  • Anna Karenina (romance, 1875-1877) - conta as histórias paralelas de uma mulher presa nas convenções sociais e um proprietário de terras filósofo (reflexo do próprio Tolstói), que tenta melhorar a vida dos seus servos.
  • Confissão (1882)
  • O reino de Deus está em vós (ensaio, 1894)
  • A morte de Ivan Ilitch (romance, 1886)
  • A sonata a Kreutzer (romance, 1889)
  • O que é arte? (ensaio, 1898)
  • Padre Sérgio (conto, 1898)
  • Ressurreição (romance, 1899)
  • Babine - o parvo (peça de teatro infantil)
  • Obras Pedagógicas
  • Não posso me calar
  • Hadji Murat (romance, esrito entre 1896 e 1904, publicado em 1912)
  • Contos populares
  • O Diabo e Outras Histórias (compilação de contos)
  • Falso Cupom (conto, 1904)
  • Contos da Nova Cartilha - 2005 (fábulas, histórias verídicas, contos folclóricos, contos maravilhosos para crianças)
  • Kholstomér, a História de um Cavalo
  • Carta para um hindu, 1908
  • Calendário da Sabedoria, 1910
  • Ensaios e cartas, 1911 (edição inglesa: Essays and letters, Oxford University Press, 1911)
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         Isaac Newton



Isaac Newton
Ciência
GodfreyKneller-IsaacNewton-1689.jpg
Newton retratado por Godfrey Kneller, 1689 (com 46 anos de idade)

Nacionalidade Inglaterra Inglês

Nascimento 4 de janeiro de 1643
Local Woolsthorpe-by-Colsterworth, Inglaterra

Morte 31 de março de 1727 (84 anos)
Local Londres

Actividade
Campo(s) Ciência

Orientador(es) Isaac Barrow e Benjamin Pulleyn
Orientado(s) Roger Cotes,1 William Whiston
Conhecido(a) por Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, Leis de Newton
Assinatura
Isaac Newton signature.svg

Isaac Newton (Woolsthorpe-by-Colsterworth, 4 de janeiro de 1643Londres, 31 de março de 1727)2 nota 1 foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo.
Sua obra, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, é considerada uma das mais influentes na história da ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica.
Ao demonstrar a consistência que havia entre o sistema por si idealizado e as leis de Kepler do movimento dos planetas, foi o primeiro a demonstrar que os movimentos de objetos, tanto na Terra como em outros corpos celestes, são governados pelo mesmo conjunto de leis naturais. O poder unificador e profético de suas leis era centrado na revolução científica, no avanço do heliocentrismo e na difundida noção de que a investigação racional pode revelar o funcionamento mais intrínseco da natureza.
Em uma pesquisa promovida pela Royal Society, Newton foi considerado o cientista que causou maior impacto na história da ciência. De personalidade sóbria, fechada e solitária, para ele, a função da ciência era descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional.



Primeiros anos



Newton nasceu em 4 de janeiro de 1643 em Woolsthorpe Manor, embora seu nascimento tivesse sido registrado como no dia de Natal, 25 de dezembro de 1642, pois àquela época a Grã-Bretanha usava o calendário juliano. Seu nascimento foi prematuro, não tendo conhecido seu pai, um próspero fazendeiro que também se chamava Isaac Newton e morreu três meses antes de seu nascimento. Sua mãe, Hannah Ayscough Newton, passou a administrar a propriedade rural da família. A situação financeira era estável, e a fazenda garantia um bom rendimento. Com apenas três anos, Newton foi levado para a casa de sua avó materna, Margery Ayscough, onde foi criado, já que sua mãe havia se casado novamente (um pastor chamado Barnabas Smith). O jovem Isaac não havia gostado de seu padrasto e brigou com sua mãe por se casar com ele, como revelado por este registro em uma lista de pecados cometidos até os 19 anos de idade: "Ameaçar meu pai Smith e minha mãe de queimar sua casa com eles dentro." Tudo leva a crer que o jovem Isaac Newton teve uma infância muito triste e solitária, pois laços afetivos entre ele e seus parentes não são encontrados como algo verdadeiro.
Um ser de personalidade fechada, introspectiva e de temperamento difícil: assim era Newton, que, embora vivesse em uma época em que a tradição dizia que os homens cuidariam dos negócios de toda a família, nunca demonstrou habilidade ou interesse para esses tipos de trabalho. Por outro lado, pensa-se que ele passava horas e horas sozinho, observando as coisas e construindo objetos. Parece que o único romance de que se tem notícia na vida de Newton tenha ocorrido com a senhorita de nome Anne Storer (filha adotiva do farmacêutico e hoteleiro William Clarke), embora isso não seja comprovado.6

Os primeiros passos na escola

A partir da idade de aproximadamente doze até que os dezessete anos, Newton foi educado na The King's School, em Grantham (onde a sua assinatura ainda pode ser vista em cima de um parapeito da janela da biblioteca). Ele foi retirado da escola em outubro de 1659 para viver em Woolsthorpe-by-Colsterworth, onde sua mãe, viúva, agora por uma segunda vez, tentou fazer dele um agricultor; mas ele odiava a agricultura.7 Henry Stokes, mestre da The King's School, convenceu sua mãe a mandá-lo de volta à escola para que pudesse completar sua educação.
Especula-se que Newton estudou latim, grego e a Bíblia. Alguns autores destacam a ideia de que era um aluno mediano, até que uma cena de sua vida mudou isso: uma briga com um colega de escola fez com que Newton decidisse ser o melhor aluno de classe e de todo o prédio escolar.8

Universidade e resumo das suas realizações


Newton estudou no Trinity College de Cambridge, e graduou-se em 1665. Um dos principais precursores do Iluminismo, seu trabalho científico sofreu forte influência de seu professor e orientador Barrow (desde 1663), e de Schooten, Viète, John Wallis, Descartes, dos trabalhos de Fermat sobre retas tangentes a curvas; de Cavalieri, das concepções de Galileu Galilei e Johannes Kepler.
Em 1663, formulou o teorema hoje conhecido como Binômio de Newton. Fez suas primeiras hipóteses sobre gravitação universal e escreveu sobre séries infinitas e o que chamou de teoria das fluxões (1665), o embrião do Cálculo Diferencial e Integral.
Por causa da peste negra, o Trinity College foi fechado em 1666 e o cientista foi para casa de sua mãe em Woolsthorpe-by-Colsterworth. Foi neste ano de retiro que construiu quatro de suas principais descobertas: o Teorema Binomial, o cálculo, a lei da gravitação universal e a natureza das cores. Construiu o primeiro telescópio de reflexão em 1668, e foi quem primeiro observou o espectro visível que se pode obter pela decomposição da luz solar ao incidir sobre uma das faces de um prisma triangular transparente (ou outro meio de refração ou de difração), atravessando-o e projetando-se sobre um meio ou um anteparo branco, fenômeno este conhecido como dispersão. Optou, então, pela teoria corpuscular de propagação da luz, enunciando-a em (1675) e contrariando a teoria ondulatória de Huygens.
Tornou-se professor de matemática em Cambridge (1669) e entrou para a Royal Society (1672). Sua principal obra foi a publicação Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (Princípios matemáticos da filosofia natural - 1687), em três volumes, na qual enunciou a lei da gravitação universal (Vol. 3), generalizando e ampliando as constatações de Kepler, e resumiu suas descobertas, principalmente o cálculo. Essa obra tratou essencialmente sobre física, astronomia e mecânica (leis dos movimentos, movimentos de corpos em meios resistentes, vibrações isotérmicas, velocidade do som, densidade do ar, queda dos corpos na atmosfera, pressão atmosférica, etc.).
De 1687 a 1690, foi membro do parlamento britânico, em representação da Universidade de Cambridge. Em 1696 foi nomeado Warden of the Mint e em 1701 Master of the Mint, dois cargos burocráticos da Casa da Moeda britânica. Foi eleito sócio estrangeiro da Académie des Sciences em 1699 e tornou-se presidente da Royal Society em 1703. Publicou, em Cambridge, Arithmetica universalis (1707), uma espécie de livro-texto sobre identidades matemáticas, análise e geometria, possivelmente escrito muitos anos antes (talvez em 1673).

Contribuições


Óptica



Entre 1670 e 1672, Newton trabalhou intensamente em problemas relacionados com a óptica e a natureza da luz. Ele demonstrou, de forma clara e precisa, que a luz branca é formada por uma banda de cores (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta) que podiam separar-se por meio de um prisma.
Como resultado de muito estudo, concluiu que qualquer telescópio "refrator" sofreria de uma aberração hoje denominada "aberração cromática", que consiste na dispersão da luz em diferentes cores ao atravessar uma lente. Para evitar esse problema, Newton construiu um "telescópio refletor" (conhecido como telescópio newtoniano). Isaac Newton acreditava que existiam outros tipos de forças entre partículas, conforme diz na obra Principia. Essas partículas, capazes de agir à distância, agiam de maneira análoga à força gravitacional entre os corpos celestes.9 Em 1704, Isaac Newton escreveu a sua obra mais importante sobre a óptica, chamada Opticks, na qual expõe suas teorias anteriores e a natureza corpuscular da luz, assim como um estudo detalhado sobre fenômenos como refração, reflexão e dispersão da luz.

Lei da gravitação universal



O momento culminante da revolução científica foi o descobrimento realizado por Isaac Newton da lei da gravitação universal.
Bernard Cohen
Com uma lei formulada de maneira simples, Newton procurou explicar os fenômenos físicos mais importantes do universo. A lei da gravitação universal, proposta por Isaac Newton, tem a seguinte expressão matemática:

\vec F_{12} = G \frac {m_{1}m_{2}} {r^{2}}\hat r
onde

Obras
A obra Principia
A obra Principia
A primeira lei e a segunda lei de Newton, escritas emlatim, na edição original, de 1687.
A primeira lei e a segunda lei de Newton, escritas emlatim, na edição original, de 1687.

F12 é a força, sentida pelo corpo 1 devido ao corpo 2, medida em newtons;
G é constante gravitacional universal, que determina a intensidade da força, G=6,67 \times 10^{-11}\text{Nm}^2/\text{kg}^2;
m 1 e m2 são as massas dos corpos que se atraem entre si, medidas em quilogramas; e
r é a distância entre os dois corpos, medida em metros;
\hat r o versor do vetor que liga o corpo 1 ao corpo 2.
A constante gravitacional universal foi medida anos mais tarde por Henry Cavendish. A descoberta da lei da gravitação universal se deu em 1685 como resultado de uma série de estudos e trabalhos iniciados muito antes. Em 1679, Robert Hooke comunicou-se, por meio de cartas com Newton e os assuntos eram sempre científicos.
Em verdade, foi exatamente em 1684 que Newton informou a seu amigo Edmond Halley de que havia resolvido o problema da força inversamente proporcional ao quadrado da distância. Newton relatou esses cálculos no tratado De Motu e os desenvolveu de forma ampliada no livro Philosophiae naturalis principia mathematica. A gravitação universal é muito mais do que uma força relacionada ao Sol. É também um efeito dos planetas sobre o Sol e sobre todos os objetos do universo. Newton explicou facilmente a partir de sua Terceira Lei da Dinâmica que, se um objeto atrai um segundo objeto, este segundo também pode atrair o primeiro com a mesma força. Concluiu-se que o movimento dos corpos celestes não podiam ser regulares. Para o célebre cientista, que era bastante religioso, a estabilidade das órbitas dos planetas implicava reajustes contínuos sobre suas trajetórias impostas pelo poder divino.

A queda da maçã e a dúvida de Newton



Jardim Botânico de Cambridge: macieira plantada em homenagem a Newton.
A história mais popular é a da maçã de Newton. Se por um lado essa história seja mito, o fato é que dela surgiu uma grande oportunidade para se investigar mais sobre a Gravitação Universal. Essa história envolve muito humor e reflexão. Muitas charges sugerem que a maçã bateu realmente na cabeça de Newton, quando este se encontrava num jardim, sentado por baixo de uma macieira, e que seu impacto fez com que, de algum modo, ele ficasse ciente da força da gravidade. A pergunta não era se a gravidade existia, mas se ela se estenderia tão longe da Terra que poderia também ser a força que prende a Lua à sua órbita. Newton mostrou que, se a força diminuísse com o quadrado inverso da distância, poderia então calcular corretamente o período orbital da Lua. Ele supôs ainda que a mesma força seria responsável pelo movimento orbital de outros corpos, criando assim o conceito de "gravitação universal". O escritor contemporâneo William Stukeley e o filósofo Voltaire foram duas personalidades que citaram a tal maçã de Newton em alguns de seus textos.

As três Leis de Newton


Isaac Newton publicou estas leis em 1687, no seu trabalho de três volumes intitulado Philosophiae Naturalis Principia Mathematica. As leis explicavam vários comportamentos relativos ao movimento de objetos físicos e foi um extenso trabalho no qual ele dedicou-se. A forma original na qual as leis foram escritas é a seguinte:

  • Lex I: Corpus omne perseverare in statu suo quiescendi vel movendi uniformiter in directum, nisi quatenus a viribus impressis cogitur statum illum mutare.
(Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças imprimidas sobre ele.)

  • Lex II: Mutationem motis proportionalem esse vi motrici impressae, et fieri secundum lineam rectam qua vis illa imprimitur.
(A mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida, e é produzida na direção da linha reta na qual aquela força é imprimida.)

  • Lex III: Actioni contrariam semper et aequalem esse reactionem: sine corporum duorum actiones in se mutuo semper esse aequales et in partes contrarias dirigi. (A toda ação há sempre oposta uma reação igual, ou, as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas a partes opostas.)

Alquimia

O seu primeiro contato com caminhos da alquimia foi através de Isaac Barrow e Henry More, intelectuais de Cambridge. Por volta de 1693, escreveu Praxis, uma obra que sugere uma filosofia que via na natureza algo diferente do que admitiam as filosofias mecanicistas ortodoxas. Newton dedicou muitos de seus esforços aos estudos da alquimia. Escreveu muito sobre esse tema, fato que soube-se muito tarde, já que a alquimia era totalmente ilegal naquela época.[carece de fontes]

Visão religiosa



Newton, (1795), retratado por William Blake como um "geômetra divino".
O formulador da Lei da gravitação universal teve uma aproximação com um clérigo, o seu próprio padrasto Barnabas Smith, que possuía bacharelado em Oxford. Newton possuía uma extensa biblioteca de teologia e filosofia ao seu dispor, incluindo desde estudos de línguas até todos os tipos de literatura clássica e bíblica, o que pode ter vitalizado seu espírito para inspiradoras abstrações. Adquirindo uma grande fama como cientista, Newton foi influenciado pela política e acabou não se ordenando clérigo, mas permaneceu fiel à sua crença no Universo, embora tenha comportado-se como um bom cristão anglicano, atendendo serviços na capela do Trinity Colege e, mais tarde, em Londres. Iniciou uma série de correspondências com o filósofo John Locke.
Entre suas obras teológicas, destacam-se An Historical Account of Two Notable Corruption of Scriptures, Chronology of Ancient Kingdoms Atended e Observations upon the Prophecies. Algumas das coisas em que ele acreditava eram o tempo, sempre igual para todos os instantes, e os seis mil anos de existência que a Bíblia dá à Terra. Considerava que a mecânica celeste era governada pela gravitação universal e, principalmente, por Deus, sobre o qual relata: "A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta." 

Pontos de vista do fim do mundo



Estátua de Newton no Trinity College.
Em um manuscrito que ele escreveu em 1704 no qual ele descreve sua tentativa de extrair informações científicas a partir da Bíblia, ele estima que o mundo não iria terminar antes de 2060.
Em 2007, a Biblioteca Nacional de Israel divulgou três manuscritos atribuídos a Isaac Newton nos quais ele calcula a data aproximada do apocalipse, relacionando profecias com história política e religiosa europeia daquela época. Em um dos manuscritos (datado do início do século XVIII), Newton, por meio de análise dos textos bíblicos do Livro de Daniel (do antigo testamento), conclui que o mundo deveria acabar por volta do ano de 2060, ao escrever "Ele pode acabar além desta data, mas não há razão para acabar antes". Em outra análise, o cientista interpreta as profecias bíblicas sobre o retorno dos judeus à terra prometida antes do apocalipse. "A ruína das nações más, o fim do choro e de todos os problemas, e o retorno dos judeus ao seu próspero reino", escreveu.
Em Escatologia, Isaac Newton investiga uma parte da teologia e da filosofia preocupado com o que se acredita ser o apocalipse (último acontecimento na história do mundo, ou o derradeiro destino da humanidade) vulgarmente designado o fim do mundo.
Newton escreveu muitas obras que passariam a ser classificadas como estudos ocultos. Estas obras exploraram o ocultismo, a cronologia, alquimia e escritos bíblicos, propondo-lhes interpretações especialmente do Apocalipse.

O movimento rosa-cruz

A sociedade secreta rosa-cruz, foi possivelmente a que maior influência exerceu sobre Newton. Apesar de o movimento rosa-cruz ter causado uma grande curiosidade entre os acadêmicos europeus durante o século XVII, à época de Newton já havia atingido a maturidade e se tornara algo menos sensacionalista. O movimento teve uma profunda influência sobre Newton, particularmente nas pesquisas sobre alquimia e filosofia.
A crença rosa-cruz de serem especialmente escolhidos para comunicarem-se com os anjos ou espíritos ecoa nas crenças proféticas de Newton. Os rosa-cruzes proclamavam também ter a habilidade de viver para sempre usando o elixir vitae e a habilidade de produzir um sem limite de quantidade de ouro a partir do uso da pedra filosofal, a qual diziam possuir. Tal como Newton, os rosa-cruzes foram profundamente filósofos místicos, declaradamente cristãos e altamente politizados. Newton teve muito interesse nas pesquisas sobre alquimia, mas também nos ensinamentos esotéricos antigos e na crença em indivíduos iluminados com a habilidade de conhecer a natureza, o universo e o reino espiritual.
Ao morrer, a biblioteca de Newton apresentava 169 livros sobre o tópico da alquimia, e acreditava-se que teria consideravelmente mais livros durante os anos de formação em Cambridge, embora possivelmente os tenha vendido antes de mudar-se para Londres em 1696.15

Os últimos anos de vida



Sepultura de Newton na abadia de Westminster.
Newton foi respeitado como nenhum outro cientista e sua obra marcou efetivamente uma revolução científica.
Seus estudos foram como chaves que abriram portas para diversas áreas do conhecimento cujo acesso era impossível antes de Newton.
Newton, em seus últimos dias, passou por diversos problemas renais que culminaram com sua morte. No lado mais pessoal, existem biógrafos que afirmam que ele teria morrido virgem.
Na noite de 20 de março de 1727 (calendário juliano) faleceu. Foi enterrado junto a outros célebres homens da Inglaterra na Abadia de Westminster.
A causa provável de sua morte foram complicações relacionadas ao cálculo renal que o afligiu em seus últimos anos de vida.
Seu epitáfio foi escrito pelo poeta Alexander Pope:

Cquote1.svg A natureza e as leis da natureza estavam imersas em trevas; Deus disse "Haja Newton" e tudo se iluminou. Cquote2.svg

Obras publicadas


Também escreveu sobre os ramos da química, da alquimia, da cronologia e da teologia. Também sobre escoamento em canais, velocidade de ondas superficiais e o deslocamento do som no ar.

Notas


  1. Enquanto Newton esteve vivo, dois calendários eram utilizados na Europa: o juliano na Grã-Bretanha e partes do norte e leste da Europa, e o gregoriano, utilizado pela Europa Católica Romana (instituído em 1582 mas adotado na Inglaterra somente após 1752). No nascimento de Newton, as datas no calendário gregoriano eram dez dias adiantados do juliano; assim, Newton nasceu em 25 de dezembro de 1642 no calendário juliano, mas no dia 4 de janeiro de 1643 no gregoriano. Já na época de sua morte, a diferença entre dias entre seus calendários passou para onze dias. Alguns autores consideram que Newton nasceu em 25 de dezembro para coincidir com a data da morte de Galileu e seus admiradores por considerarem que ele foi um presente de Natal para a humanidade.  
  2. ----------------------------------------------------------------------------------------------------

    Guglielmo Marconi



Guglielmo Marconi Medalha Nobel
Física
Marconi.jpg

Nacionalidade Itália Italiano
Residência Inglaterra, Itália

Nascimento 25 de abril de 1874
Local Palazzo Marescalchi, Bolonha

Morte 20 de julho de 1937 (63 anos)
Local Roma

Actividade
Campo(s) Física
Alma mater Universidade de Bolonha
Conhecido(a) por Rádio, transmissão sem fios

Prêmio(s) Medalha Matteucci (1901), Nobel prize medal.svg Nobel de Física (1909), Medalha Franklin (1918), Medalha de Honra IEEE (1920), Medalha John Fritz (1923), National Inventors Hall of Fame (1975)
Assinatura
Guglielmo Marconi Signature.svg

Marquês Guglielmo Marconi (Bolonha, 25 de abril de 1874Roma, 20 de julho de 1937), por vezes Guilherme Marconi , foi um físico e inventor italiano.
Inventor do primeiro sistema prático de telegrafia sem fios (TSF), em 1896. Marconi se baseou em estudos apresentados em 1897 por Nikola Tesla para em 1899 realizar a primeira transmissão pelo canal da mancha. A teoria de que as ondas electromagnéticas poderiam propagar-se no espaço, formulada por James Clerk Maxwell, e comprovada pelas experiências de Heinrich Hertz, em 1888, foi utilizada por Marconi entre 1894 e 1895. Tinha apenas vinte anos, em 1894, quando transformou o celeiro da casa onde morava em laboratório e estudou os princípios elementares de uma transmissão radiotelegráfica, uma bateria para fornecer eletricidade, uma bobina de indução para aumentar a força, uma faísca elétrica emitida entre duas bolas de metal gerando uma oscilação semelhante as estudadas por Heinrich Hertz, um Coesor, como o inventado por Édouard Branly, situado a alguns metros de distância, ao ser atingido pelas ondas, acionava uma bateria e fazia uma campainha tocar .
Em 1896, foi para a Inglaterra, depois de verificar que não havia nenhum interesse por suas experiências na Itália. Em 1899, teve sucesso na transmissão sem fios do código Morse através do canal da Mancha. Dois anos mais tarde, conseguiu que sinais radiotelegráficos (a letra S do código Morse) emitidos de Inglaterra, fossem escutados claramente em St. Johns, no Labrador, atravessando o Atlântico Norte. A partir daí, fez muitas descobertas básicas na técnica rádio.
Em 1909, 1,7 mil pessoas são salvas de um naufrágio graças ao sistema de radiotelegrafia de Marconi. Em 1912 a companhia de marconi já produzia aparelhos de rádio em larga escala, particularmente para navios. Em 1915, durante e depois da primeira guerra mundial assumiu várias missões diplomáticas em nome da Itália, em 1919 foi o delegado italiano na Conferência de paz de Paris .
Em sua infância, passava muito tempo viajando com a sua mãe Annie, que adorava a região do porto de Livorno, na costa oeste da Itália, onde vivia sua irmã, dessas viagens a Livorno, surge o amor de Marconi pelo mar. Em livorno estava instalada uma academia da marinha real italiana, a Regia Marina, Marconi tinha o incentivo do pai(Giusepe) para entrar na academia naval, mas não conseguiu, no entanto, seu amor pelo mar o acompanhou durante toda vida. Em 1920 partiu para sua primeira viagem no "Elettra", um navio de 61m que comprou e equipou para ser seu laboratório no estudo de ondas curtas e também seu lar, além da família, as cabines do Elettra vivia cheias de visitantes ilustres, entre eles os reis da Itália, da espanha e George V e a Rainha Mary da inglaterra, as festas no Elettra ficaram famosas pelas músicas transmitidas pelo Rádio diretamente de Londres. A empresa de Marconi montou o novo Imperial Wireless Scheme", destinado a montar estações de ondas curtas em todo território britânico. Em 1929, em reconhecimento por seu trabalho, recebeu do rei da Itália o título de marquês. Em 12 de outubro de 1931 acendeu, apertando um botão em Roma, as luzes do Cristo Redentor na noite de inauguração da estátua .
Em outubro de 1943, a Suprema Corte dos Estados Unidos considerou ser falsa a reclamação de Marconi que afirmava nunca ter lido as patentes de Nikola Tesla e determinou que não havia nada no trabalho de Marconi que não tivesse sido anteriormente descoberto por Tesla. Infelizmente, Tesla tinha morrido nove meses antes .
No entanto, muito embora Marconi não tenha sido o inventor de nenhum dispositivo em particular (ao usar a bobina de Ruhmkorff e um faiscador, como antes o haviam feito De Forest e Tesla na emissão, repetiria Hertz, gerando as ondas hertezianas (Experimento de Hertz com um "Ressoador de Hertz") e usou o radiocondutor-detector Coesor de Branly na recepção, acrescentando a antena de Popov a ambos os casos) parece ser possível afirmar que Marconi é, na verdade, o inventor da rádio, (na forma da Radiotelegrafia e Radiotelefonia, Telefonia sem fio) visto que ninguém, antes dele, tivera a ideia de usar as ondas hertzianas com os objectivos de forma prática ou rotineira, de comunicação (exceto Landell de Moura).
Lee de Forest o havia feito, mas apenas para testar a sua válvula eletrônica.
Tendo seu valor reconhecido, Marconi foi agraciado em 1909, recebendo juntamente com o alemão Karl Ferdinand Braun o Nobel de Física. Braun é o descobridor dos semicondutores, dentre eles o sulfeto de chumbo natural, um mineral conhecido como galena, base do histórico rádio de galena.

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Ezequiel



O profeta Ezequiel, Capela Sistina, Vaticano.
De acordo com a Bíblia hebraica, Ezequiel (em hebraico: יְחֶזְקֵאל, transl. Y'khizqel, AFI[jəħ.ezˈqel]), "Deus fortalecerá", de חזק, khazaq, AFI[kħaˈzaq], "força", e אל, el, AFI[ʔel], "Deus"), foi um sacerdote que profetizou por 22 anos durante o século VI a.C., através de visões que teve durante o exílio da Babilônia, tal como registrado no Livro de Ezequiel.
O cristianismo vê Ezequiel como um profeta, e o judaismo considera o seu livro como parte de seu cânone, considerando-o o terceiro dos principais profetas. O islamismo fala de um profeta chamado Dhul-Kifl, que costuma ser associado com Ezequiel.
Ezequiel, era um sacerdote1 que foi chamado para profetizar durante o Exílio do povo judeu na Babilônia, tendo exercido sua atividade entre os anos 593 a 571 AC . Diz-se que fundou uma escola de profetas e que ensinava a Lei à beira do Rio Quebar2 que corta a cidade de Babilônia.
São curiosas as visões que o profeta teve sobre a glória de Deus e os sinais que aconteceram em sua própria vida demonstrando que as ações de Deus são fortes e marcantes. Ezequiel perdeu a sua esposa como sinal da queda de Jerusalém.
A comunidade, em meio à qual ele vivia, acreditava que em breve tudo voltaria a ser como antes, para seus contemporâneos o projeto de Deus era mero sistema que lhe dava segurança. Ezequiel, no entanto, sabe que o sistema passado estava agonizando de maneira irrecuperável, pois Jerusalém seria destruída.
Segundo ele, a sociedade sofria de doença crônica e incurável, pois havia abandonado o projeto de Javé em troca de uma vida luxuosa e fascinante. Por isso, Ezequiel vê o próprio Deus deixando o Templo (11:22-24) e largando os rebeldes ao bel-prazer dos amantes.
Isso era causa de sofrimento para o profeta, mas não de desânimo e desespero. Para ele, o futuro seria de ressurreição (caps. 36-37) e novidade radical. Com sua linguagem simbólica, Ezequiel indicava os passos para a construção do mundo novo:

  • Assumir a responsabilidade pelo fracasso histórico de um sistema que se corrompeu completamente, provocando a ruína de toda a nação.

  • Compreender que a simples reforma de um sistema corrompido não gera nenhuma sociedade nova; apenas reanima o velho sistema que, cedo ou tarde, acabará sempre nos mesmos vícios.

  • Converter-se a Javé, assumindo o seu projeto; e, a partir daí, construir uma sociedade justa e fraterna, voltada para a liberdade e a vida.
Com esse programa profético, vislumbrava-se um futuro novo: Deus voltaria para o meio de seu povo (43:1-7), provocando o surgimento de uma sociedade radicalmente nova. Aí todos poderão participar igualmente dos bens e decisões que constroem a relação social a partir da justiça. Desse modo, todos poderão reconhecer que a partir desse dia, o nome da cidade será: Javé está aí (48:35).
A doutrina deste profeta tem por núcleo a renovação interior: é preciso criar para si um coração novo e um espírito novo (18:31); ou ainda, o próprio Deus dará "outro" coração, um coração "novo", e infudirá no homem um espírito "novo" (11:19; 36:26) .
Uma curiosidade sobre Ezequiel é que ele e o profeta Daniel são os únicos além de Jesus que foram chamados de filho do homem.
Ezequiel dá origem à corrente apocalíptica, suas grandiosas visões antecipam as de Daniel e as do autor de Apocalips

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     Albert Einstein



Albert Einstein Medalha Nobel
Física
Einstein1921 by F Schmutzer 4.jpg

Albert Einstein, em 1921

Dados gerais
Nacionalidade Alemanha Alemã (1879 — 1896, 1914 — 1933)
Flag of None.svg Sem nacionalidade (1896 — 1901)
Suíça Suíça (1901 — 1955)
Áustria Austríaca (1911 — 1912)
Estados Unidos Estado-Unidense (1940 — 1955)
Residência Alemanha, Itália, Suíça, Estados Unidos

Nascimento 14 de março de 1879
Local Ulm, Baden-Württemberg
Império Alemão

Morte 18 de abril de 1955 (76 anos)
Local Princeton, Nova Jérsei
Estados Unidos
Causa Aneurisma
Progenitores
Mãe Pauline Koch
Pai Hermann Einstein
Casamento 8 de agosto de 1876
Actividade
Campo(s) Física
Instituições Escritório de patentes suíço (Berna), Universidade de Zurique, Universidade Carolina, Academia de Ciências da Prússia, Instituto Kaiser Wilhelm, Universidade de Leiden, Instituto de Estudos Avançados de Princeton
Alma mater Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, Universidade de Zurique

Tese 1905: Eine neue Bestimmung der Moleküldimensionen
Orientador(es) Alfred Kleiner
Orientado(s) Ernst Gabor Straus
Conhecido(a) por Relatividade geral
Relatividade restrita
Movimento browniano
Efeito fotoeléctrico
E=mc²
Equações de campo de Einstein
Estatística de Bose-Einstein
Paradoxo EPR

Prêmio(s) Medalha do prêmio Nobel Nobel de Física (1921), Medalha Matteucci (1921), Medalha Copley (1925), Medalha de Ouro da RAS (1926), Medalha Max Planck (1929), Medalha Franklin (1935)
Assinatura
Albert Einstein signature.svg

Albert Einstein (pronúncia em alemão: AFI: ; em inglês: AFI[ˈælbɝt ˈaɪnstaɪn]; Ulm, 14 de março de 1879Princeton, 18 de abril de 19551 ) foi um físico teórico alemão, posteriormente radicado nos Estados Unidos, que desenvolveu a teoria da relatividade geral, um dos dois pilares da física moderna (ao lado da mecânica quântica). Embora mais conhecido por sua fórmula de equivalência massa-energia, E = mc2 (que foi chamada de "a equação mais famosa do mundo"), foi laureado com o Prêmio Nobel de Física de 1921 "por seus serviços à física teórica e, especialmente, por sua descoberta da lei do efeito fotoelétrico".O efeito fotoelétrico foi fundamental no estabelecimento da teoria quântica.
No início de sua carreira, Einstein acreditava que a mecânica newtoniana não era mais suficiente para reconciliar as leis da mecânica clássica com as leis do campo eletromagnético. Isto o levou ao desenvolvimento da teoria da relatividade especial. Einstein percebeu, no entanto, que o princípio da relatividade também poderia ser estendido para campos gravitacionais, e com a sua posterior teoria da gravitação, de 1916, publicou um artigo sobre a teoria da relatividade geral. Ele continuou a lidar com problemas da mecânica estatística e teoria quântica, o que levou às suas explicações sobre a teoria das partículas e o movimento browniano. Também investigou as propriedades térmicas da luz, o que lançou as bases da teoria dos fóton da luz. Em 1917, aplicou a teoria da relatividade geral para modelar a estrutura do universo como um todo.
Einstein estava nos Estados Unidos quando Adolf Hitler chegou ao poder na Alemanha, em 1933, e não voltou para a Alemanha, onde tinha sido professor da Academia de Ciências de Berlim. Estabeleceu-se então nos Estados Unidos, onde naturalizou-se em 1940. Na véspera da Segunda Guerra Mundial, ajudou a alertar o presidente Franklin D. Roosevelt que a Alemanha poderia estar desenvolvendo uma arma atômica, recomendando aos Estados Unidos começar uma pesquisa semelhante, o que levou ao que se tornaria o Projeto Manhattan. Einstein apoiou as forças aliadas, denunciando no entanto a utilização da fissão nuclear como uma arma. Mais tarde, com o filósofo britânico Bertrand Russell, assinou o Manifesto Russell-Einstein, que destacou o perigo das armas nucleares. Einstein foi afiliado ao Instituto de Estudos Avançados de Princeton até sua morte em 1955.
Einstein publicou mais de 300 trabalhos científicos, juntamente com mais de 150 obras não científicas. Suas grandes conquistas intelectuais e originalidade fizeram a palavra "Einstein" sinônimo de gênio.100 físicos renomados elegeram-no, em 1999, o mais memorável físico de todos os tempos.


Primeiros anos e educação


Monumento no local onde Einstein nasceu, em Ulm.

Albert Einstein aos 14 anos de idade.
Albert Einstein nasceu em Ulm, Reino de Württemberg, Império Alemão, em 14 de março de 1879, 11 filho de Hermann Einstein, vendedor e engenheiro, e de Pauline Einstein (nascida Koch). Em 1880 a família mudou-se para Munique, onde seu pai e seu tio fundaram a Elektrotechnische Fabrik J. Einstein & Cie, empresa que fabricava equipamentos elétricos acionados por corrente contínua.
Os Einstein eram judeus não praticantes. Albert estudou em uma escola elementar católica, a partir dos cinco anos de idade, durante três anos. Com oito anos de idade foi transferido para o Ginásio Luitpold (atualmente conhecido como o Ginásio Albert Einstein), onde teve educação escolar primária avançada e secundária, até que ele deixou a Alemanha sete anos depois. Embora se acreditasse que Einstein tinha dificuldades iniciais de fala, isto é contestado pelo Albert Einstein Archives, e se destacou na primeira escola que frequentou. Ele foi bem entregue; não há evidências para a crença popular generalizada  de que ele era canhoto.
Seu pai uma vez mostrou-lhe uma bússola de bolso. Einstein percebeu que deveria haver algo que fizesse com que a agulha se movesse, apesar do "espaço vazio" aparente. Quando cresceu, Einstein construiu modelos e dispositivos mecânicos por diversão, começando a mostrar talento para a matemática. Aos dez anos de idade, Max Talmud (que depois mudou seu nome para Max Talmey), um pobre estudante judeu de medicina da Polônia, foi apresentado à família de Einstein por seu irmão, e durante as visitas semanais pelos cinco anos seguintes, ele deu ao menino livros populares sobre ciência, textos matemáticos e escritos filosóficos. Estes incluíram Crítica da Razão Pura de Immanuel Kant, e Os Elementos de Euclides (que Einstein chamou de "pequeno livro sagrado da geometria").
Em 1894, a empresa de seu pai faliu: a corrente direta (DC) perdeu a Guerra das Correntes para a corrente alternada (AC). Em busca de negócios, a família de Einstein mudou-se para a Itália, primeiro para Milão e, alguns meses mais tarde, para Pavia. Quando a família se mudou para Pavia, Einstein ficou em Munique para terminar seus estudos no Ginásio Luitpold. Seu pai queria que ele seguisse a engenharia elétrica, mas Einstein entrou em choque com as autoridades e ressentiu-se com o regime da escola e o método de ensino. Ele escreveu mais tarde que o espírito do conhecimento e o pensamento criativo foram perdidos na esteira da aprendizagem mecânica. No final de dezembro de 1894, ele viajou para a Itália para se juntar à sua família em Pavia, convencendo a escola a deixá-lo ir usando um atestado médico. Foi durante o seu tempo na Itália que ele escreveu um pequeno ensaio com o título "Sobre a investigação do estado do éter num campo magnético".
No final do verão de 1895, com dezesseis anos de idade, Einstein realizou os exames de admissão para a Escola Politécnica Federal Suíça em Zurique (mais tarde o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique). Ele não conseguiu alcançar o padrão exigido em várias disciplinas, mas obteve notas excepcionais em física e matemática. Seguindo o conselho do diretor da Politécnica, ele frequentou a Escola Cantonal de Aargau em Aarau, Suíça, entre 1895 e 1896 para completar o ensino secundário. Enquanto se hospedava com a família do professor Jost Winteler, ele se apaixonou por sua filha, Marie Winteler (sua irmã Maja mais tarde se casou com o filho dos Wintelers, Paul). Em janeiro de 1896, com a aprovação de seu pai, ele renunciou à sua cidadania no Reino de Württemberg, para evitar o serviço militar (ele adquiriu a nacionalidade suíça cinco anos mais tarde, em fevereiro de 1901). Em setembro de 1896, ele passou nos estudos suíços com boas notas em sua maior parte (incluindo uma pontuação de 6 em física e matemática, em uma escala de 1-6) e, embora contasse apenas 17 anos, matriculou-se no curso de quatro anos para obter o diploma de professor de física da ETH Zurique. Marie Winteler mudou-se para Olsberg, Suíça, onde obteve um cargo como professora.
A futura esposa de Einstein, Mileva Marić, também se matriculou na Escola Politécnica no mesmo ano, e foi a única mulher entre os seis estudantes da seção de matemática e física nas aulas do curso. Com o passar dos anos, a amizade de Einstein e Marić desenvolveu em romance, e juntos eles liam livros extra-curriculares de física em que Einstein estava mostrando um interesse crescente. Em 1900, Einstein foi agraciado com o diploma de ensino da Politécnica de Zurique, mas Marić foi reprovada no exame com uma nota baixa em um componente da matemática, a teoria das funções. Houve alegações de que Marić colaborou com Einstein em seus célebres trabalhos de 1905, mas os historiadores da física que estudaram a questão não encontraram nenhuma evidência de que ela tenha feito quaisquer contribuições substanciais.

Casamentos e filhos

No início de 1902, Einstein e Marić tiveram uma filha e lhe deram o nome de Lieserl, nascida em Novi Sad, onde Marić estava com seus pais. Seu destino é desconhecido, mas o conteúdo de uma carta que Einstein escreveu a Marić em setembro de 1903 sugere que ela foi adotada ou morreu de escarlatina na infância.
Einstein e Marić se casaram em janeiro de 1903. Em maio de 1904 nasceu o primeiro filho do casal, Hans Albert Einstein, em Berna, na Suíça. Seu segundo filho, Eduard, nasceu em Zurique, em julho de 1910. Em 1914, Einstein se mudou para Berlim, enquanto sua esposa ficou em Zurique com seus filhos. Eles se divorciaram em 14 de fevereiro de 1919, após terem vivido separados por cinco anos.
Einstein se casou com Elsa Löwenthal em 2 de junho de 1919, após ter tido um relacionamento com ela desde 1912. Elsa era sua prima materna em primeiro grau e paterna em segundo grau. Em 1933, eles emigraram para os Estados Unidos. Em 1935, Elsa Einstein foi diagnosticada com problemas cardíacos e renais e morreu em dezembro de 1936.

Escritório de Patentes


Da esquerda para a direita: Conrad Habicht, Maurice Solovine e Einstein, fundadores da Academia Olímpia.
Depois de formado, Einstein passou quase dois anos frustrantes procurando um cargo de professor, mas o pai de Marcel Grossmann o ajudou a conseguir um emprego em Berna, no Instituto Federal de Propriedade Intelectual, o escritório de patentes, como assistente examinador.Ele avaliou os pedidos de patentes de dispositivos eletromagnéticos. Em 1903, a posição de Einstein no escritório de patentes suíço tornou-se permanente, embora ele tenha sido preterido para promoção até que "dominasse totalmente a tecnologia da máquina".
Muito de seu trabalho no escritório de patentes relacionava-se a questões sobre a transmissão de sinais elétricos e sincronização eletro-mecânica do tempo, dois problemas técnicos que aparecem visivelmente nas experiências de pensamento que levaram Einstein a suas conclusões radicais sobre a natureza da luz e da conexão fundamental entre espaço e tempo.
Com alguns amigos que conheceu em Berna, Einstein começou um pequeno grupo de discussão, auto-denominado "A Academia Olympia", que se reunia regularmente para discutir ciência e filosofia. As leituras do grupo incluíam os trabalhos de Henri Poincaré, Ernst Mach e David Hume, que influenciaram a visão científica e filosófica de Einstein.

Carreira docente


Retrato oficial de Einstein em 1921 depois de receber o Prêmio Nobel de Física.
Em 1901, o artigo "Folgerungen aus den Kapillarität Erscheinungen" ("As Conclusões dos Fenômenos da Capilaridade") foi publicado na prestigiada Annalen der Physik. Em 30 de abril de 1905, Einstein terminou sua tese, com Alfred Kleiner, professor de física experimental, como orientador legal. Einstein obteve o título acadêmico de doutor pela Universidade de Zurique, com a tese "Uma nova determinação das dimensões moleculares". No mesmo ano, que tem sido chamado de annus mirabilis (ano miraculoso) de Einstein, ele publicou quatro trabalhos revolucionários sobre o efeito fotoelétrico, o movimento browniano, a relatividade especial e a equivalência entre massa e energia, que o levariam ao conhecimento do mundo acadêmico.
Em 1908, ele já era reconhecido como um importante cientista e foi nomeado professor  na Universidade de Berna. No ano seguinte, ele deixou o escritório de patentes e o cargo de professor para assumir a posição de professor de física da Universidade de Zurique. Ele tornou-se professor catedrático na Universidade Carolina, em Praga, em 1911. Em 1914, ele retornou à Alemanha depois de ser nomeado diretor do Instituto Kaiser Guilherme de Física (1914-1932) e professor da Universidade Humboldt de Berlim, com uma cláusula especial em seu contrato que o liberou da maioria das obrigações dos docentes. Ele se tornou um membro da Academia Prussiana de Ciências. Em 1916, Einstein foi nomeado presidente da Sociedade Alemã de Física (1916-1918).
Em 1911, ele calculou que, com base em sua nova teoria da relatividade geral, a luz de uma estrela seria curvada pela gravidade do Sol. Essa previsão foi dada como confirmada em observações feitas por uma expedição britânica liderada por Sir Arthur Eddington, durante o eclipse solar de 29 de maio de 1919. Notícias da mídia internacional fizeram Einstein famoso no mundo inteiro por este feito. Em 7 de novembro de 1919, The Times, o maior jornal britânico, publicou uma manchete que dizia: "Revolução na Ciência – Nova Teoria do Universo – Ideias de Newton derrubadas". Muito mais tarde, foram levantadas questões quanto a se os cálculos foram precisos o suficiente para apoiar a teoria de Einstein. Em 1980, os historiadores John Earman e Clark Glymour publicaram uma análise sugerindo que Eddington tinha suprimido resultados desfavoráveis. Os dois pesquisadores encontraram possíveis falhas na seleção de dados de Eddington, mas suas dúvidas, embora amplamente divulgadas e, de fato, agora com um status "mítico" quase equivalente ao status das observações originais, não foram confirmadas. A seleção dos dados de Eddington parece válida e sua equipe realmente fez medições astronômicas verificando a teoria.
Em 1921, Einstein foi agraciado com o Prêmio Nobel de Física por sua explicação do efeito fotoelétrico, pois a relatividade era considerada ainda um tanto controversa. Ele também recebeu a Medalha Copley da Royal Society em 1925.

Viagens para o exterior

Einstein visitou Nova Iorque pela primeira vez em 2 de abril de 1921, onde recebeu uma recepção oficial por parte do prefeito John Francis Hylan, seguido de três semanas de palestras e recepções. Ele apresentou diversas palestras na Universidade Columbia e na Universidade de Princeton, e em Washington acompanhou representantes da Academia Nacional de Ciências em uma visita à Casa Branca. Em seu retorno à Europa, foi o convidado do estadista e filósofo britânico Visconde de Haldane, em Londres, onde se encontrou com várias figuras científicas, intelectuais e políticas de renome e apresentou uma palestra na King's College de Londres.
Em 1922, ele viajou por toda a Ásia e depois para a Palestina, como parte de uma excursão de seis meses apresentando palestras. Suas viagens incluíram Singapura, Ceilão e Japão, onde deu uma série de palestras para milhares de japoneses. Sua primeira palestra em Tóquio durou quatro horas e após a palestra encontrou-se com o imperador e a imperatriz no Palácio Imperial, onde milhares vieram assisti-lo. Einstein, mais tarde, deu suas impressões sobre os japoneses em uma carta a seus filhos: "De todas as pessoas que conheci, eu gosto mais dos japoneses, porque eles são modestos, inteligentes, atenciosos e têm sensibilidade para a arte".
Em sua viagem de volta, ele também visitou a Palestina durante 12 dias, na que viria a ser sua única visita à região. "Ele foi recebido com uma grande pompa britânica, como se fosse um chefe de Estado, em vez de um físico teórico", escreve Walter Isaacson. Isto incluiu uma saudação de canhão em sua chegada à residência do alto comissário britânico, Sir Herbert Samuel. Durante uma recepção dada a ele, o prédio foi "invadido por multidões que queriam ouvi-lo". Em um discurso de Einstein para o público, ele expressou sua felicidade sobre o evento:
Eu considero este o melhor dia da minha vida. Antes, eu sempre achei algo a lamentar na alma judaica, que é o esquecimento de seu próprio povo. Hoje, eu estou feliz com a visão do povo judeu aprendendo a reconhecer-se e a tornar-se reconhecido como uma força no mundo.

Carlos Chagas e a equipe do Instituto Oswaldo Cruz, em recepção a Albert Einstein.
Einstein fez uma viagem à América do Sul, em 1925, visitando países como Argentina, Uruguai e também o Brasil. Além de fazer conferências científicas, visitou universidades e instituições de pesquisas. Em 21 de março passou pelo Rio de Janeiro, onde foi recebido por jornalistas, cientistas e membros da comunidade judaica. Visitou o Jardim Botânico e fez o seguinte comentário, por escrito, para o jornalista Assis Chateaubriand: "O problema que minha mente formulou foi respondido pelo luminoso céu do Brasil". Tal afirmação dizia respeito a uma observação do eclipse solar registrada na cidade cearense de Sobral por uma equipe de cientistas britânicos, liderada por Sir Arthur Stanley Eddington, que buscava vestígios que pudessem comprovar a teoria da relatividade, até então mera especulação. Albert Einstein nunca chegou a visitar a cidade de Sobral.
Em 24 de abril de 1925, Einstein deixou Buenos Aires e alcançou Montevidéu. Fez ali três conferências e, tal como na Argentina, participou de várias recepções e visitou o presidente da república. Einstein permaneceu no Uruguai por uma semana, de onde saiu no primeiro dia de maio, em direção ao Rio de Janeiro, no navio Valdívia. Desembarcou novamente no Rio de Janeiro em 4 de maio. Nos dias seguintes percorreria vários pontos turísticos da cidade, incluindo o Pão de Açúcar, o Corcovado e a Floresta da Tijuca. As anotações de seu diário ilustram bem suas percepções quanto à natureza tropical do local. No dia 6 de maio, visitou o então presidente da república, Artur Bernardes, além de alguns ministros.
Seu programa turístico-científico no Brasil incluiu diversas visitas a instituições, como o Museu Nacional do Rio de Janeiro,a Academia Brasileira de Ciências e o Instituto Oswaldo Cruz, e duas conferências: uma no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro e a outra na Escola Politécnica do Largo de São Francisco, atual Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Através de ondas da rádio Sociedade, criada em 1923, Einstein proferiu em alemão uma mensagem à população, que foi traduzida pelo químico Mário Saraiva. Nesta mensagem, o cientista destacou a importância dos meios radiofônicos para a difusão da cultura e do aprendizado científico, desde que sejam utilizados e preservados por profissionais qualificados.
Einstein deixaria o Rio no dia 12 de maio. Essa sua visita foi amplamente divulgada pela imprensa e influenciou na luta pelo estabelecimento de pesquisa básica e para a difusão das ideias da física moderna no Brasil. Deixando o Rio, o já famoso físico alemão enviou, do navio, uma carta ao Comitê Nobel. Nesta carta, sugeria o nome do marechal Cândido Rondon para o Nobel da Paz. Einstein teria se impressionado com o que se informou sobre as atividades de Rondon em relação à integração de tribos indígenas ao homem civilizado, sem o uso de armas ou algo do tipo.

Imigração para os Estados Unidos em 1933


Caricatura representando Einstein junto a um sinal intitulado "Paz Mundial" e despojado das suas asas de "pacifismo". Ele arregaça as suas mangas e segura uma espada intitulada "Prevenção". (cerca de 1933).
Em fevereiro de 1933, durante uma visita aos Estados Unidos, Einstein decidiu não voltar para a Alemanha devido à ascensão dos nazistas ao poder com seu novo chanceler Adolf Hitler. Ele visitou universidades norte-americanas no início de 1933, onde assumiu a sua terceira temporada de dois meses como professor convidado para o Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena. Ele e sua esposa Elsa voltaram de navio para a Bélgica no final de março. Durante a viagem, eles foram informados de que sua casa havia sido invadida pelos nazistas e seu veleiro pessoal confiscado. Após o desembarque em Antuérpia em 28 de março, ele foi imediatamente ao consulado alemão onde apresentou seu passaporte e formalmente renunciou à cidadania alemã.
No início de abril, soube que o novo governo alemão tinha instituído leis que proibiam aos judeus ocupar cargos oficiais, incluindo o ensino nas universidades. Um mês depois, as obras de Einstein estavam entre os alvos da queima de livros dos nazistas, e o ministro da propaganda nazista Joseph Goebbels proclamou: "o intelectualismo judaico está morto".Einstein também tomou conhecimento de que seu nome estava em uma lista de alvos de assassinato, com uma "recompensa de 5 mil dólares por sua cabeça".Uma revista alemã o incluiu em uma lista de inimigos do regime alemão com a frase "ainda não enforcado".
Ele residiu na Bélgica por alguns meses, antes de temporariamente morar na Inglaterra. Em uma carta para o seu amigo, o físico Max Born, que também emigrou da Alemanha e vivia na Inglaterra, Einstein escreveu: "... eu devo confessar que o grau da brutalidade e covardia deles chegou como uma surpresa".
Em outubro de 1933 voltou para os Estados Unidos, assumindo um cargo no Instituto de Estudos Avançados de Princeton, o que exigia sua presença durante seis meses por ano. Ainda estava indeciso sobre o seu futuro (tinha ofertas de universidades europeias, incluindo Oxford), mas em 1935 chegou à decisão de permanecer permanentemente nos Estados Unidos e requerer a cidadania estadunidense.

Retrato tirado em 1935 em Princeton.
Sua afiliação com o Instituto de Estudos Avançados duraria até sua morte, em 1955. Ele foi um dos quatro primeiros selecionados (dois dos outros foram John von Neumann e Kurt Gödel) no novo Instituto, onde logo desenvolveu uma amizade próxima com Gödel. Os dois faziam longas caminhadas juntos discutindo seu trabalho. Sua última assistente foi Bruria Kaufman, que mais tarde tornou-se uma renomada física. Durante este período, Einstein trabalhou para desenvolver uma teoria do campo unificado e para refutar a interpretação aceita da física quântica, em ambos os casos sem sucesso.
Outros cientistas também fugiram para a América. Entre eles estavam vencedores do prêmio Nobel e professores de física teórica. Com tantos outros cientistas judeus forçados pelas circunstâncias a viver na América, muitas vezes trabalhando lado a lado, Einstein escreveu a um amigo: "Para mim a coisa mais bonita é estar em contato com bons judeus - alguns milênios de um passado civilizado significam alguma coisa, afinal". Em outra carta, ele escreve: "Em toda a minha vida eu nunca me senti tão judeu como agora".

Segunda Guerra Mundial e Projeto Manhattan

Em 1939, um grupo de cientistas húngaros que incluía o físico emigrante Leó Szilard tentou alertar Washington de pesquisas nazistas em andamento sobre a bomba atômica. Os avisos do grupo foram ignorados. Einstein e Szilard, junto com outros refugiados, como Edward Teller e Eugene Wigner, "considerando como sua responsabilidade alertar os americanos para a possibilidade de que cientistas alemães pudessem ganhar a corrida para construir uma bomba atômica, e por avisar que Hitler estaria mais do que disposto a recorrer a tal arma". No verão de 1939, poucos meses antes do início da Segunda Guerra Mundial na Europa, Einstein foi convencido a emprestar seu prestígio, escrevendo uma carta com Szilard ao presidente Franklin Delano Roosevelt para alertá-lo sobre essa possibilidade. A carta também recomendou que o governo dos Estados Unidos prestasse atenção e se envolvesse diretamente na pesquisa de urânio e de pesquisas associadas à reação em cadeia.
Acredita-se que a carta seja "provavelmente o estímulo fundamental para a adoção pelos Estados Unidos de investigações sérias em armas nucleares na véspera da entrada do país na Segunda Guerra Mundial". O presidente Roosevelt não poderia correr o risco de permitir que Hitler possuísse primeiro as bombas atômicas. Como resultado da carta de Einstein e seus encontros com Roosevelt, os Estados Unidos entraram na "corrida" para desenvolver a bomba, aportando seus "imensos recursos materiais, financeiros e científicos" para iniciar o Projeto Manhattan, tornando-se o único país a desenvolver com sucesso uma bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial.
Para Einstein, a guerra era uma doença .... [e] ele sempre apelou para a resistência à guerra." Ao assinar a carta a Roosevelt, ele agiu contrariamente aos seus princípios pacifistas.: Em 1954, um ano antes do seu falecimento, Einstein disse ao seu velho amigo Linus Pauling, "Eu cometi um grande erro na minha vida - quando assinei a carta ao presidente Roosevelt recomendando a construção da bomba atômica; mas nesse tempo havia uma justificativa - o perigo de que os alemães a construíssem..."

A cidadania norte-americana


Einstein aceitando a cidadania americana, em 1940.
Einstein tornou-se um cidadão americano em 1940. Não muito tempo depois de iniciar sua carreira na Universidade de Princeton, ele expressou o seu apreço pela "meritocracia" da cultura americana, quando comparada com a Europa. De acordo com Isaacson, ele reconheceu o "direito dos indivíduos a dizer e pensar o que quisessem", sem barreiras sociais e, como consequência, o indivíduo foi "incentivado" para ser mais criativo, uma característica que ele valorizava a partir de sua própria educação inicial. Einstein escreveu:

O que faz um recém-chegado se devotar a este país é a característica democrática entre as pessoas. Ninguém se humilha diante de outra pessoa ou classe ... A juventude americana tem a sorte de não ter sua perspectiva perturbada por tradições ultrapassadas. :432
Como membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP), em Princeton, que fazia campanha pelos direitos civis dos afro-americanos, Einstein se correspondia com o ativista dos direitos dos negros W.E.B. Du Bois, e, em 1946, Einstein chamou o racismo de "a pior doença" da América. Mais tarde, ele afirmou que "o preconceito de raça infelizmente se tornou uma tradição americana que é acriticamente transmitida de uma geração para a outra. Os únicos remédios são a iluminação e a educação".

Einstein em 1947
Durante a fase final de sua vida, Einstein teve uma transição para o estilo de vida vegetariano, argumentando que "a maneira vegetariana de viver, somente pelo seu efeito físico no temperamento humano, teria uma influência benéfica sobre o conjunto da humanidade".
Depois da morte do primeiro presidente de Israel, Chaim Weizmann, em novembro de 1952, o primeiro-ministro David Ben-Gurion ofereceu a Einstein a posição de presidente de Israel, um cargo principalmente cerimonial. A oferta foi apresentada pelo embaixador de Israel em Washington, Abba Eban, que explicou que ela "encarna o mais profundo respeito que o povo judeu pode repousar em qualquer um de seus filhos". No entanto, Einstein recusou e escreveu em sua resposta que estava "profundamente comovido" e "a uma vez triste e envergonhado", pois não poderia aceitá-la:
Toda a minha vida eu tenho lidado com questões objetivas, daí me falta tanto a aptidão natural e a experiência para lidar corretamente com as pessoas e para o exercício da função oficial. Eu estou muto triste com essas circunstâncias, porque a minha relação com o povo judeu se tornou o meu laço humano mais forte, uma vez que eu consegui completa clareza sobre a nossa posição precária entre as nações do mundo.

Morte


O New York World-Telegram anunciando a morte de Einstein em 18 de abril de 1955.
Em 17 de abril de 1955, Albert Einstein sofreu uma hemorragia interna causada pela ruptura de um aneurisma da aorta abdominal, que já havia sido reforçado cirurgicamente pelo Dr. Rudolph Nissen, em 1948. Ele levou para o hospital o rascunho de um discurso que estava preparando para uma aparição na televisão comemorando o sétimo aniversário do Estado de Israel, mas não viveu tempo suficiente para concluí-lo. Einstein recusou a cirurgia, dizendo: "Quero ir quando eu quiser. É de mau gosto ficar prolongando a vida artificialmente. Eu fiz a minha parte, é hora de ir embora e eu vou fazê-lo com elegância". Ele morreu cedo na manhã seguinte no Hospital de Princeton, com 76 anos de idade, tendo continuado a trabalhar até quase o fim de sua vida.
Durante a autópsia, o patologista do Hospital de Princeton, Thomas Stoltz Harvey, removeu o cérebro de Einstein para preservação, sem a permissão de sua família, na esperança de que a neurociência do futuro seria capaz de descobrir o que fez Einstein tão inteligente.Os restos de Einstein foram cremados e suas cinzas espalhadas em um local não revelado.
Em sua palestra no velório de Einstein, o físico nuclear Robert Oppenheimer resumiu sua impressão sobre ele como pessoa: "Ele foi quase totalmente sem sofisticação e totalmente sem mundanismo ... Havia sempre com ele uma pureza maravilhosa ao mesmo tempo infantil e profundamente teimosa".

Carreira científica

Cabeça e os ombros do tiro de um homem jovem, de bigode, com cabelo escuro e encaracolado vestindo um terno xadrez e colete, camisa listrada e uma gravata escura.
Albert Einstein em 1904

O efeito fotoelétrico. Fótons chegando à esquerda se chocam com uma placa de metal e ejetam elétrons, mostrados como partindo à direita.
Ao longo de sua vida, Einstein publicou centenas de livros e artigos. Além do trabalho que ele sozinho, ele também colaborou com outros cientistas em outros projetos, incluindo a estatística de Bose-Einstein, o refrigerador de Einstein e outros.

Artigos do Annus Mirabilis


Os artigos do Annus mirabilis são quatro trabalhos referentes ao efeito fotoelétrico (que deu origem à teoria quântica), o movimento browniano, a teoria da relatividade especial, e E = mc2, que Albert Einstein publicou na revista científica Annalen der Physik em 1905. Estas quatro obras contribuíram substancialmente para a fundação da física moderna e mudaram as visões sobre espaço, tempo e matéria. Os quatro artigos são:

Título (traduzido) Área de foco Recebido Publicado Significado
Sobre um ponto de vista heurístico relativo à produção e transformação da luz Efeito fotoelétrico 18 de março 9 de junho Foi resolvido um quebra-cabeça sem solução, sugerindo que a energia é trocada apenas em quantidades discretas (quanta).Esta ideia foi fundamental para o desenvolvimento inicial da teoria quântica.
Sobre o movimento de pequenas partículas em suspensão dentro de líquidos em repouso, tal como exigido pela teoria cinético-molecular do calor Movimento browniano 11 de maio 18 de julho Explicou evidência empírica para a teoria atômica, apoiando a aplicação da física estatística.
Sobre a Eletrodinâmica dos Corpos em Movimento Relatividade restrita 30 de junho 26 de setembro Reconciliou as equações de eletricidade e de magnetismo de Maxwell com as leis da mecânica, introduzindo alterações importantes na mecânica perto da velocidade da luz, que resultam da análise com base na evidência empírica de que a velocidade da luz é independente do movimento do observador. Desacreditou o conceito de um "éter luminoso".
A inércia de um corpo depende de seu conteúdo de energia? Equivalência massa-energia 27 de setembro 21 de novembro Equivalência de matéria e energia, E = mc2 (e, por consequência, a capacidade de gravidade para "curvar" a luz), a existência da "energia de repouso" e a base da energia nuclear.

Flutuações termodinâmicas e física estatística

O primeiro trabalho de Albert Einstein, publicado em 1900 no Annalen der Physik, versou sobre a atração capilar. Ele foi publicado em 1901 com o título "Folgerungen aus den Kapillarität Erscheinungen", que se traduz como "Conclusões sobre os fenômenos de capilaridade". Dois artigos que publicou em 1902-1903 (termodinâmica) tentaram interpretar fenômenos atômicos a partir de um ponto de vista estatístico. Estas publicações foram a base para o artigo de 1905 sobre o movimento browniano, que mostrou que ele pode ser interpretado como evidência sólida da existência das moléculas. Sua pesquisa em 1903 e 1904 estava centrada principalmente sobre o efeito do tamanho atômico finito em fenômenos de difusão.

Princípios gerais

Ele articulou o princípio da relatividade.95 Isto foi entendido por Hermann Minkowski ser uma generalização da invariância rotacional, do espaço para o espaço-tempo. Outros princípios postulados por Einstein e mais tarde provados são o princípio da equivalência e o princípio da invariância adiabática do número quântico.

Teoria da relatividade e E = mc²

O artigo "Sobre a Eletrodinâmica dos Corpos em Movimento" de Einstein ("Zur Elektrodynamik bewegter Körper") foi recebido em 30 de junho de 1905 e publicado em 26 de setembro daquele mesmo ano. Ela concilia as equações de Maxwell para a eletricidade e o magnetismo com as leis da mecânica, através da introdução de grandes mudanças para a mecânica perto da velocidade da luz. Isto mais tarde se tornou conhecido como a teoria da relatividade especial de Einstein.
As consequências disto incluem o intervalo de espaço-tempo de um corpo em movimento, que parece reduzir de velocidade e se contrair (na direção do movimento), quando medido no plano do observador. Este documento também argumentou que a ideia de um éter luminífero - uma das entidades teóricas líderes da física na época - era supérflua.
Em seu artigo sobre equivalência massa-energia, Einstein produziu E = mc2 de sua equação da relatividade especial. O trabalho de Einstein de 1905 sobre a relatividade permaneceu controverso por muitos anos, mas foi aceito pelos principais físicos, começando com Max Planck.

Fótons e quantum de energia

Em um artigo de 1905, Einstein postulou que a luz em si consiste de partículas localizadas (quanta). Os quanta de luz de Einstein foram quase universalmente rejeitados por todos os físicos, incluindo Max Planck e Niels Bohr. Essa ideia só se tornou universalmente aceita em 1919, com os experimentos detalhados de Robert Millikan sobre o efeito fotoelétrico, e com a medida de espalhamento Compton.
Einstein concluiu que cada onda de frequência f é associada com um conjunto de fótons com uma energia hf cada, em que h é a constante de Planck. Ele não diz muito mais, porque não tinha certeza de como as partículas estão relacionadas com a onda. Mas ele sugere que essa ideia poderia explicar alguns resultados experimentais, especialmente o efeito fotoelétrico.

Vibração atômica quantizada

Em 1907, Einstein propôs um modelo de matéria em que cada átomo de uma estrutura de rede é um oscilador harmônico independente. No modelo de Einstein, cada átomo oscila de forma independente - uma série de estados quantizados igualmente espaçados para cada oscilador. Einstein estava consciente de que obter a frequência das oscilações reais seria diferente, mas ele propôs esta teoria porque era uma demonstração particularmente clara de que a mecânica quântica poderia resolver o problema do calor específico na mecânica clássica. Peter Debye aprimorou este modelo.

Princípio adiabático e variáveis de ângulo de ação

Ao longo da década de 1910, a mecânica quântica expandiu em escopo para cobrir muitos sistemas diferentes. Depois de Ernest Rutherford descobrir o núcleo e propor que os elétrons orbitam como planetas, Niels Bohr foi capaz de mostrar que os mesmos postulados da mecânica quântica introduzidos por Planck e desenvolvidos por Einstein explicaria o movimento discreto dos elétrons nos átomos e a tabela periódica de elementos.
Einstein contribuiu para estes desenvolvimentos, ligando-os com os argumentos que Wilhelm Wien tinha apresentado em 1898. Wien tinha mostrado que a hipótese de invariância adiabática de um estado de equilíbrio térmico permite que todas as curvas de um corpo negro a temperaturas diferentes sejam derivadas uma a partir da outra por um processo simples de deslocamento. Einstein observou em 1911 que o mesmo princípio adiabático mostra que a quantidade que é quantizada em qualquer movimento mecânico deve ser um invariante adiabático. Arnold Sommerfeld identificou esta invariante adiabática como a variável de ação da mecânica clássica.

Dualidade onda-corpúsculo


Einstein durante sua visita aos Estados Unidos.
Embora o escritório de patentes tenha promovido Einstein para técnico examinador de segunda classe em 1906, ele não tinha desistido da academia. Em 1908, ele se tornou um privatdozent na Universidade de Berna. Em "Über die Entwicklung unserer Anschauungen über das Wesen und die Konstitution der Strahlung" ("O desenvolvimento de nossas visões sobre a natureza e a constituição da radiação"), sobre a quantização da luz, e antes em um artigo de 1909, Einstein mostrou que os quanta de energia de Max Planck devem ter momentos bem definidos e agir, em alguns aspectos, como partículas pontuais independentes. Este artigo introduziu o conceito de fóton (embora o nome fóton tenha sido introduzido mais tarde por Gilbert N. Lewis em 1926) e inspirou a noção de dualidade onda-partícula na mecânica quântica.

Teoria da opalescência crítica

Einstein voltou para o problema das flutuações termodinâmicas, dando um tratamento das variações de densidade de um fluido no seu ponto crítico. Normalmente as flutuações de densidade são controladas pela segunda derivada da energia livre em relação à densidade. No ponto crítico, esta derivada é zero, levando a grandes flutuações. O efeito da flutuação da densidade é que a luz de todos os comprimentos de onda é dispersada, fazendo com que o fluido pareça branco leitoso. Einstein relaciona isso com a dispersão de Rayleigh, que é o que acontece quando o tamanho da flutuação é muito menor do que o comprimento de onda, e que explica por que o céu é azul. Einstein quantitativamente derivou a opalescência crítica de um tratamento de flutuações de densidade, e demonstrou como tanto o efeito quanto a dispersão de Rayleigh se originam a partir da constituição atomística da matéria.

Energia de ponto zero

A intuição física de Einstein o levou a notar que as energias do oscilador de Planck tinham um ponto zero incorreto. Ele modificou a hipótese de Planck, definindo que o estado de menor energia de um oscilador é igual a 12 hf, a metade do espaçamento de energia entre os níveis. Este argumento, que foi feito em 1913 em colaboração com Otto Stern, foi baseado na termodinâmica de uma molécula diatômica que pode se separar em dois átomos livres.

A relatividade geral e o princípio da equivalência

Círculo preto cobrindo o sol, os raios visíveis em torno dela, em um céu escuro.
Fotografia de Eddington de um eclipse solar.
A relatividade geral é uma teoria da gravitação que foi desenvolvida por Albert Einstein entre 1907 e 1915. De acordo com a relatividade geral, a atração gravitacional observada entre massas resulta da curvatura do espaço e do tempo por essas massas. A relatividade geral tornou-se uma ferramenta essencial na astrofísica moderna. Ela fornece a base para o entendimento atual de buracos negros, regiões do espaço onde a atração gravitacional é tão forte que nem mesmo a luz pode escapar.
Como Albert Einstein disse mais tarde, a razão para o desenvolvimento da relatividade geral foi a de que a preferência de movimentos inerciais dentro da relatividade especial foi insatisfatória, enquanto uma teoria que, desde o início, não prefere nenhum estado de movimento (mesmo os mais acelerados) deve parecer mais satisfatória. Assim, em 1908, ele publicou um artigo sobre aceleração sob a relatividade especial. Nesse artigo, ele argumentou que a queda livre é realmente o movimento inercial e que, para um observador em queda livre, as regras da relatividade especial devem se aplicar. Este argumento é chamado de princípio da equivalência. No mesmo artigo, Einstein também previu o fenômeno da dilatação do tempo gravitacional. Em 1911, Einstein publicou outro artigo expandindo o de 1907, em que efeitos adicionais, como a deflexão da luz por corpos maciços eram previstos.

Argumento do buraco e rascunho da teoria

Ao desenvolver a relatividade geral, Einstein ficou confuso sobre a invariância de gauge na teoria. Ele formulou um argumento que o levou a concluir que uma teoria geral do campo relativístico é impossível. Ele desistiu de procurar equações tensoriais covariantes completamente gerais e procurou por equações que seriam invariantes apenas sob transformações lineares gerais.
Em junho de 1913, o "rascunho" da teoria foi o resultado dessas investigações. Como o próprio nome sugere, ela era um esboço de teoria, com as equações de movimento complementadas por condições adicionais de fixação de calibre. Ao mesmo tempo menos elegante e mais difícil do que a relatividade geral, após mais de dois anos de intenso trabalho, Einstein abandonou a teoria em novembro de 1915, depois de perceber que o argumento do buraco estava errado.

Cosmologia


Em 1917, Einstein aplicou a teoria da relatividade geral para modelar a estrutura do universo como um todo. Ele queria que o universo fosse eterno e imutável, mas este tipo de universo não é consistente com a relatividade. Para corrigir isso, Einstein modificou a teoria geral através da introdução de uma nova noção, a constante cosmológica. Com uma constante cosmológica positiva, o universo poderia ser uma esfera eterna estática.
Einstein, sitting at a table, looks up from the papers he is reading and into the camera.
Einstein em seu escritório na Universidade de Berlim.
Einstein acreditava que um universo esférico estático é filosoficamente preferido, porque obedeceria ao princípio de Mach. Ele havia mostrado que a relatividade geral incorpora o princípio de Mach, até um certo ponto, no arraste de planos por campos gravitomagnéticos, mas ele sabia que a ideia de Mach não funcionaria se o espaço continuasse para sempre. Em um universo fechado, ele acreditava que o princípio de Mach se manteria. O princípio de Mach tem gerado muita controvérsia ao longo dos anos.

Teoria quântica moderna


Einstein estava descontente com a teoria e mecânica quântica, apesar da sua aceitação por outros físicos, afirmando que "Deus não joga com dados". Quando Einstein faleceu, aos 76 anos de idade, ele ainda não aceitava a teoria quântica. Em 1917, no auge de seu trabalho sobre a relatividade, Einstein publicou um artigo no Physikalische Zeitschrift que propôs a possibilidade da emissão estimulada, o processo físico que torna possíveis o maser e o laser. Este artigo mostra que as estatísticas de absorção e emissão de luz só seriam consistentes com a lei de distribuição de Planck se a emissão de luz em uma moda estatística com ‘’’n’’’ fótons fosse aumentada estatisticamente em comparação com a emissão de luz em uma moda vazia. Este artigo foi enormemente influente no desenvolvimento posterior da mecânica quântica, porque foi o primeiro trabalho a mostrar que as estatísticas de transições atômicas tinham leis simples. Einstein descobriu os trabalhos de Louis de Broglie e apoiou as suas ideias, que foram recebidas com ceticismo no início. Em outro grande artigo nessa mesma época, Einstein proveu uma equação de onda para as ondas de Broglie, que sugeriu como a equação de Hamilton-Jacobi da mecânica. Este trabalho iria inspirar o trabalho de Schrödinger de 1926.

Estatística de Bose-Einstein


Em 1924, Einstein recebeu uma descrição de um modelo estatístico do físico indiano Satyendra Nath Bose, com base num método de contagem onde se assume que a luz pode ser entendida como um gás de partículas indistinguíveis. Einstein notou que as estatísticas de Bose aplicavam-se a alguns átomos, bem como para as partículas de luz propostas, e submeteu a sua tradução do artigo de Bose ao Zeitschrift fur Physik. Einstein também publicou seus próprios artigos descrevendo o modelo e suas implicações, entre elas a do fenômeno de Bose-Einstein, em que algumas partículas aparecem em temperaturas muito baixas. Somente em 1995 o primeiro condensado foi produzido experimentalmente por Eric Allin Cornell e Carl Wieman usando equipamentos de ultra-resfriamento construídos no laboratório NIST - JILA da Universidade do Colorado em Boulder. Hoje, as estatísticas de Bose-Einstein são usadas para descrever o comportamento de qualquer conjunto de bósons. Os esboços de Einstein para este projeto podem ser vistos no Einstein Archive na biblioteca da Universidade de Leiden.

Pseudotensor de momento de energia

A relatividade geral inclui um espaço-tempo dinâmico, por isso é difícil identificar a energia e momento conservados. O teorema de Noether permite que essas quantidades sejam determinadas a partir da função de Lagrange com invariância de translação, mas a covariância geral transforma a invariância de translação em uma espécie de simetria de calibre.116 A energia e o momento derivados pela relatividade geral pelas prescrições de Noether não fazem um tensor real por este motivo.
Einstein argumentou que isso é verdade por motivos fundamentais, pois o campo gravitacional poderia ser levado ao desaparecimento por uma escolha de coordenadas. Ele sustentou que o pseudotensor não-covariante de momento de energia era de fato a melhor descrição da distribuição de momento de energia em um campo gravitacional. Esta abordagem tem sido ecoada por Lev Landau e Evgeny Lifshitz, dentre outros, e tornou-se padrão.
O uso de objetos não-covariantes como pseudotensores foi duramente criticado em 1917 por Erwin Schrödinger e outros.

Teoria do campo unificado

Depois de sua pesquisa sobre a relatividade geral, Einstein entrou em uma série de tentativas de generalizar sua teoria geométrica da gravitação para incluir electromagnetismo como outro aspecto de uma única entidade. Em 1950, ele descreveu sua "teoria do campo unificado" em um artigo da Scientific American, intitulado "Sobre a Teoria da Gravitação Generalizada". Embora continuasse a ser elogiado por seu trabalho, Einstein tornou-se cada vez mais isolado em sua pesquisa, e seus esforços foram infrutíferos. Em sua busca por uma unificação das forças fundamentais, Einstein ignorou alguns desenvolvimentos da física corrente, principalmente as forças nucleares forte e fraca, que não foram muito compreendidas até muitos anos após sua morte. A física corrente, por sua vez, em grande parte ignorou as abordagens de Einstein para a unificação. O sonho de Einstein de unificar as outras leis da física com a gravidade motiva missões modernas para uma teoria de tudo e em particular a teoria das cordas, onde os campos geométricos surgem em um ambiente da mecânica quântica unificada.

Buraco de minhoca

Einstein colaborou com outros para produzir um modelo de um buraco de minhoca. Sua motivação foi modelar partículas elementares com carga como uma solução de equações do campo gravitacional, em linha com o programa descrito no documento "Campos gravitacionais desempenham um papel importante na constituição das partículas elementares?". Estas soluções recortadas e coladas em buracos negros de Schwarzschild para fazer uma ponte entre dois caminhos.
Se uma extremidade de um buraco de minhoca fosse carregado positivamente, o outro extremo seria carregado negativamente. Estas propriedades conduziram Einstein a acreditar que os pares de partículas e antipartículas poderiam ser descritos desta maneira.

Teoria de Einstein-Cartan

A fim de incorporar partículas pontuais em rotação na relatividade geral, é necessário generalizar a conexão afim para incluir uma parte antissimétrica, chamada torção. Esta modificação foi feita por Einstein e Élie Cartan na década de 1920.

Equações de movimento

A teoria da relatividade geral tem uma lei fundamental - as equações de Einstein que descrevem como o espaço se curva; a equação geodésica que descreve como as partículas se movem podem ser derivadas a partir das equações de Einstein.
Uma vez que as equações da relatividade geral são não-lineares, um pedaço de energia feita de campos gravitacionais puros, como um buraco negro, se moveria em uma trajetória que é determinada pelas equações de Einstein, e não por uma nova lei. Assim, Einstein propôs que o caminho de uma solução singular, como um buraco negro, seria determinado como uma geodésica da própria relatividade geral.
Isto foi estabelecido por Einstein, Infeld e Hoffmann para objetos pontuais sem movimento angular, e por Roy Kerr para objetos em rotação.

Colaboração com outros cientistas


A Conferência Solvay de 1927, em Bruxelas, uma reunião dos principais físicos do mundo. Einstein no centro.
Além de colaboradores de longa data como Leopold Infeld, Nathan Rosen, Peter Bergmann e outros, Einstein também teve algumas colaborações pontuais com vários cientistas.

Experiência Einstein-de Haas


Einstein e Wander de Haas demonstraram que a magnetização é devida ao movimento de elétrons, o que hoje em dia conhecido como o spin. Para mostrar isto, inverteram a magnetização em uma barra de ferro suspensa em um pêndulo de torção. Eles confirmaram que isso leva a barra a rodar, devido a mudanças no momento angular do elétron com as mudanças de magnetização. Esta experiência precisava ser sensível, porque o momento angular associado com os elétrons é pequeno, mas estabeleceu definitivamente que o movimento de elétrons é responsável pela magnetização.

Modelo de gás de Schrödinger

Einstein sugeriu a Erwin Schrödinger que ele seria capaz de reproduzir as estatísticas de um gás de Bose-Einstein ao considerar uma caixa. Então, para cada possível movimento quântico de uma partícula em uma caixa, associar um oscilador harmônico independente. Quantizando estes osciladores, cada nível terá um número inteiro de ocupação, que será o número de partículas na mesma.
Essa formulação é uma forma de segunda quantização, mas é anterior à moderna mecânica quântica. Erwin Schrödinger a aplicou para derivar as propriedades termodinâmicas de um gás ideal semiclássico. Schrödinger pediu que Einstein adicionasse seu nome como co-autor, mas Einstein recusou o convite.

Refrigerador de Einstein

Em 1926, Einstein e seu ex-aluno Leó Szilard co-inventaram (e em 1930, patentearam) a geladeira Einstein. Este refrigerador de absorção foi, então, revolucionário por não ter partes móveis e utilizar apenas o calor como uma entrada. Em 11 de novembro de 1930, a Patente 1.781.541 dos Estados Unidos foi atribuída a Albert Einstein e Leó Szilard pelo frigorífico. Sua invenção não foi imediatamente colocada em produção comercial, uma vez que a mais promissora de suas patentes foi rapidamente comprada pela empresa sueca Electrolux para proteger sua tecnologia de refrigeração da competição.

Bohr contra Einstein

Os debates de Bohr-Einstein foram uma série de disputas públicas sobre a mecânica quântica entre Albert Einstein e Niels Bohr, que foram dois dos seus fundadores. Seus debates são lembrados por causa de sua importância para a filosofia da ciência.

Paradoxo de Einstein-Podolsky-Rosen

Em 1935, Einstein voltou a investigar a questão da mecânica quântica. Ele considerou como uma medição de uma de duas partículas entrelaçadas afetaria a outra. Ele notou, juntamente com os seus colaboradores, que, realizando medições diferentes da partícula distante, independente da posição ou momento, as diferentes propriedades da parceira poderiam ser descobertas, sem perturbação nenhuma.
Ele então usou a hipótese do realismo local para concluir que a outra partícula tinha estas propriedades já determinadas. O princípio proposto é que se é possível determinar qual seria a resposta a uma medição de posição ou de momento, sem perturbar de qualquer forma a partícula, então a partícula realmente tem valores de posição ou momento.
Este princípio destilou a essência de objeção de Einstein com a mecânica quântica. Como um princípio físico, foi mostrado ser incorreto quando o experimento de Aspect de 1982 confirmou o teorema de Bell, que havia sido promulgado em 1964.

Política e religião

Grupo ocasional composto de quatro homens e duas mulheres em pé sobre um pavimento de tijolos.
Albert Einstein, visto aqui com sua esposa Elsa Einstein e líderes sionistas, incluindo o futuro presidente de Israel Chaim Weizmann, sua esposa Dra. Vera Weizmann, Menahem Ussishkin, e Ben-Zion Mossinson na chegada em Nova Iorque, em 1921.
A visão política do Albert Einstein era a favor do socialismo e contra o capitalismo, que ele detalhou em seu ensaio Por que o socialismo?. Suas opiniões políticas surgiram publicamente em meados do século XX, devido à sua fama e reputação de gênio. Einstein ofereceu-se e foi chamado para dar sentenças e opiniões sobre questões muitas vezes não relacionadas à física teórica e matemática.
Os pontos de vista de Einstein sobre a crença religiosa foram coletados a partir de entrevistas e escritos originais. Ele dizia que acreditava no Deus "panteísta" de Baruch Espinoza, mas não em um deus pessoal, crença que ele criticava. Chamava-se de agnóstico, ao mesmo tempo que se dissociava do rótulo de ateu.

Amor pela música

Einstein desenvolveu um gosto pela música em uma idade precoce. Sua mãe tocava piano razoavelmente bem e queria que seu filho aprendesse a tocar violino, não só para incutir nele o amor pela música, mas também para ajudá-lo a assimilar a cultura alemã. De acordo com o maestro Leon Botstein, Einstein disse ter começado a tocar quando tinha cinco anos, mas não o apreciava nessa idade.
Quando completou treze anos, no entanto, ele descobriu as sonatas para violino de Mozart. "Einstein se apaixonou" com a música de Mozart, nota Botstein, e aprendeu a tocar a música com mais vontade. De acordo com Einstein, ele aprendeu sozinho a tocar sem "nunca praticar sistematicamente", acrescentando que "o amor é um professor melhor do que um sentido de dever". Aos dezessete anos, ele foi ouvido por um examinador de sua escola em Aarau quando ele tocava sonatas de Beethoven para o violino, tendo o examinador afirmado depois que seu toque era "notável e revelador de uma grande visão.” O que impressionou o examinador, escreve Botstein, era que Einstein "exibiu um amor profundo pela música, uma qualidade que foi e continua a ser escassa. A música possuía um significado incomum para esse estudante."
Botstein observa que a música assume um papel fundamental e permanente na vida de Einstein a partir desse período. Embora a ideia de se tornar um profissional não estivesse em sua mente em nenhum momento, entre aqueles com os quais Einstein tocou a música de câmara estavam alguns profissionais, e ele se apresentou para os amigos e o público privado. A música de câmara também se tornou uma parte regular de sua vida social, enquanto vivia em Berna, Zurique e Berlim, onde tocou com Max Planck e seu filho, entre outros. Em 1931, quando estava envolvido em pesquisa no Instituto de Tecnologia da Califórnia, ele visitou o Conservatório da família Zoellner em Los Angeles e tocou algumas das obras de Beethoven e Mozart com os membros do Quarteto Zoellner, que tinha se retirado recentemente após duas décadas de turnês aclamado em todos os Estados Unidos; Einstein mais tarde presenteou o patriarca da família, com uma fotografia autografada como uma lembrança. Perto do fim de sua vida, quando o jovem Juilliard Quartet visitou-o em Princeton, ele tocou seu violino com eles; ainda que diminuísse o ritmo para acomodar suas habilidades técnicas menores, Botstein observa que o quarteto ficou "impressionado com o nível de coordenação e entonação de Einstein."

  • "Was ich zu Bachs Lebenswerk zu sagen habe: Hören, spielen, lieben, verehren und – das Maul halten!"
-Tradução: "O que tenho a dizer sobre a obra de Bach? Ouvir, tocar, amar, adorar ... ficar calado!"
-Albert Einstein em resposta a um inquérito da revista alemã Illustrierten Wochenschrift, 1928.

Legado não-cientifico

Quando em viagem, Einstein escrevia diariamente para sua esposa Elsa e as enteadas Margot e Ilse. As cartas foram incluídas nos documentos legados para a Universidade Hebraica de Jerusalém. Margot Einstein permitiu que as cartas pessoais fossem disponibilizadas para o público, solicitando que fossem esperados vinte anos após sua morte para a publicação, o que ocorreu em 1986. Barbara Wolff, dos arquivos Albert Einstein da Universidade Hebraica de Jerusalém, disse à BBC que há cerca de 3 500 páginas de correspondência privada, escritas entre 1912 e 1955.
Einstein doou os royalties do uso de sua imagem para a Universidade Hebraica de Jerusalém. Corbis, sucessor da The Roger Richman Agency, licencia o uso de seu nome e imagens associadas, como agente para a universidade.

Na cultura popular

No período anterior à Segunda Guerra Mundial, Einstein era tão conhecido nos Estados Unidos a ponto de ser indagado na rua por pessoas que solicitavam que ele explicasse "aquela teoria". Einstein finalmente descobriu uma maneira de lidar com as perguntas incessantes. Ele passou a responder a elas com o bordão "Perdão, sinto muito! Sou sempre confundido com o Professor Einstein."
Einstein foi o assunto ou inspiração para muitas novelas, filmes, peças de teatro e obras de música. Ele é o modelo favorito para representações de cientistas loucos e professores distraídos, seu rosto expressivo e penteado característico têm sido amplamente copiado e exagerado. Frederic Golden da revista Time escreveu que Einstein era "o sonho realizado de um cartunista".

Prêmios e honrarias

Einstein recebeu inúmeros prêmios e honrarias, incluindo o Prêmio Nobel de Física.
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Clinton Davisson Medalha Nobel
Física
Clinton Davisson.jpg

NacionalidadeEstados Unidos Estadunidense

Nascimento 22 de Outubro de 1881
Local Bloomington, Illinois

Morte 1 de Fevereiro de 1958 (76 anos)
Local Charlottesville, Virgínia

Actividade
Campo(s) Física
Instituições Universidade de Princeton, Instituto de Tecnologia Carnegie, Bell Labs
Alma mater Universidade de Chicago, Universidade de Princeton
Orientador(es) Owen Willans Richardson

Prêmio(s) Prêmio Comstock de Física (1928), Medalha Elliott Cresson (1931), Medalha Hughes (1935), Nobel prize medal.svg Nobel de Física (1937)


Clinton Joseph Davisson (Bloomington, 22 de Outubro de 1881Charlottesville, 1 de Fevereiro de 1958) foi um físico estadunidense.
Recebeu em 1937 o Nobel de Física, pela verificação experimental da difração do elétron por cristais.
Nascido em Bloomington, Illinois, Davidsson se formou na Bloomington High School, e na Universidade de Chicago. Após a recomendação de Robert A. Millikan, em 1905 Davisson foi contratado pela Universidade de Princeton como Instrutor de Física. Ele recebeu seu Ph.D. em física de Princeton em 1911. Na universidade de Princeton fez doutorado com Owen Richardson. No mesmo ano ele se casou com a irmã de Richardson, Charlotte.
Clinton Davisson e Charlotte teve quatro filhos, incluindo o físico americano Richard Davisson.

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James Hopwood Jeans



James Hopwood Jeans
Matemática, física, astronomia
James Hopwood Jeans.jpg

NacionalidadeReino Unido Britânico

Nascimento 11 de setembro de 1877
Local Ormskirk

Morte 16 de setembro de 1946 (69 anos)
Local Dorking

Actividade
Campo(s) Matemática, física, astronomia
Instituições Trinity College (Cambridge), Universidade de Princeton
Alma mater Merchant Taylors' School, Northwood, Universidade de Cambridge
Orientador(es) Edmund Taylor Whittaker

Prêmio(s) Prêmio Adams (1917), Medalha Real (1919), Medalha de Ouro da RAS (1922), Guthrie Lecture (1923), Medalha Franklin (1931)

Sir James Hopwood Jeans (Ormskirk, Lancashire, 11 de Setembro de 1877Dorking, Surrey, 16 de Setembro de 1946) foi um físico, astrónomo e matemático britânico.



Biografia

Recebeu a sua educaçao na Merchant Taylors' School, Northwood e no Trinity College de Cambridge. Acabou em segundo posto na universidade no Tripos (um reconhecimento da Universidad de Cambridge) de 1898. Ensinou nessa mesma universidade até que se mudou para dar aulas na Universidade de Princeton em 1904 como professor de matemática aplicada. Voltou a Cambridge em 1910.
Fez contribuições importantes em muitas áreas da física, incluindo a teoria quântica, a teoria da radiação e a evolução estelar. A sua análise dos corpos em rotação e levou a concluir que a teoria de Pierre-Simon Laplace de que o sistema solar se formou a partir de uma nuvem de gás era errónea. Em seu lugar propôs que os planetas no princípio se condensaram a partir de material retirado do sol por uma hipotética colisão com outra estrela. Esta teoria não se aceita hoje em dia.
Jeans, juntamente com Arthur Eddington, é o pioneiro da excelência britânica em cosmología, que perdurou até aos dias de hoje. Foi o primeiro a propor uma teoria do estado estacionário baseada na hipótese da criação contínua de matéria no universo. Esta teoria se demonstrou falsa com o descobrimento da radiação de fundo de microondas, que se interpretou como a "assinatura" do Big Bang.
A sua reputação científica se baseia nas monografias The Dynamical Theory of Gases (1904), Theoretical Mechanics (1906), e Mathematical Theory of Electricity and Magnetism (1908). Depois de retirar-se em 1929, escreveu vários livros de divulgação científica: The Stars in Their Courses (1931), The Universe Around Us, Through Space and Time (1934), The New Background of Science (1933), e The Mysterious Universe. Estes livros deram-lhe popularidade como divulgador dos descobrimentos científicos de sua época, especialmente nos campos da relatividade e da cosmologia.
Também escreveu o livro "Physics and Philosophy" (1943) onde explora os diferentes pontos de vista da realidade desde duas perspectivas diferentes: ciência e filosofia.
Casou-se duas vezes, primeiro com a poetisa estadunidense Charlotte Mitchell em 1907, e posteriormente com a organista e arpista austríaca Suzanne Hock (mais conhecida como Susi Jeans) em 1935.
Na Merchant Taylors' School existe uma bolsa James Jeans Academic para o candidato aos exames de entrada que consiga resultados excepcionais em todas as áreas, principalmente em matemática e ciências.
Participou da 1ª e 2ª Conferência de Solvay.

Feitos mais importantes

Uma das descobertas mais importantes de Jean, o comprimento de Jeans, é o raio crítico de uma nuvem interestelar no espaço. Depende da massa, tamanho e densidade da nuvem. Uma nuvem menor que o comprimento de Jeans não terá gravidade suficiente para superar as forças de gases exógenos, enquanto que uma nuvem maior que dito comprimento se colapsará nuna estrela.

\lambda_J=\sqrt{\frac{15k_{B}T}{4\pi Gm\rho}}
Jeans aportou outra versão da equação, chamada instabilidade de Jeans, cuja solução e a massa crítica que uma nuvem deve conseguir antes de ser capaz de colapsar-se.
Também ajudou a descobrir a lei de Rayleigh-Jeans, que relaciona a densidade de energia da radiação de um corpo negro com a temperatura da fonte de emissão:

 f(\lambda) = 8\pi k\frac{T}{\lambda^4}

Condecorações


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------------------------------------------------------------------------MAYA-

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