JAI GURU OM

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

RABINDRANÁTH TAGORE E EU COMPARAMOS SISTEMAS DE EDUCAÇÃO






Rabindranath Tagore


Tagore3.jpg

Nacionalidade Índia Indiano

Nascimento 6 de maio de 1861
Local Calcutá

Morte 7 de agosto de 1941 (80 anos)
Local Calcutá


Prêmio(s) Medalha do prêmio Nobel Nobel de Literatura (1913)
Assinatura
Rabindranath Tagore Signature.svg

Rabindranath Tagore (em bengali: ; 7 de maio de 1861 - 7 de agosto de 1941), alcunha Gurudev, foi um polímata bengali. Como poeta, romancista, músico e dramaturgo, reformulou a literatura e a música bengali no final do século XIX e início do século XX. Como autor de Gitânjali, que em português se chamou "Oferenda Lírica" e seus "versos profundamente sensíveis, frescos e belos",sendo o primeiro não-europeu a conquistar, em 1913, o Nobel de Literatura,Tagore foi talvez a figura literária mais importante da literatura bengali. Foi um destacado representante da cultura hindu, cuja influência e popularidade internacional talvez só poderia ser comparada com a de Gandhi, a quem Tagore chamau 'Mahatma' devido a sua profunda admiração por ele.
Um brâmane pirali de Calcutá, Tagore já escrevia poemas aos oito anos. Com a idade de dezesseis anos, publicou sua primeira poesia substancial sob o pseudônimo Bhanushingho ("Sun Lion") e escreveu seus primeiros contos e dramas em 1877. Tagore condenava a Índia britânica e apoiou sua independência. Seus esforços resistiram em seu vasto conjunto de regras e na instituição que ele fundou, Universidade Visva-Bharati.
Tagore modernizou a arte bengali desprezando as rígidas formas clássicas. Seus romances, histórias, canções, danças dramáticas e ensaios falavam sobre temas políticos e pessoais. Gitanjali (Ofertas de Música), Gora (Enfrentamento Justo) e Ghare-Baire (A Casa e o Mundo) são suas mais conhecidas obras. Seus versos, contos e romances foram aclamados por seu lirismo, coloquialismo, naturalismo e contemplação. Tagore era talvez o único literato que escreveu hinos dos dois países: Bangladesh e Índia: Hino nacional de Bangladesh e Jana Gana Mana.

Biografia

Na Inglaterra, em 1879.
Tagore e Mrinalini Devi, 1883.
O mais novo de treze filhos sobreviventes, Tagore nasceu na mansão Jorasanko em Calcutá, filho de pais Tagore Debendranath (1817-1905) e Sarada Devi (1830-1875). Os patriarcas da família Tagore eram os bramos fundadores da fé Adi Darma. Ele foi educado na maior parte do tempo por criados, uma vez que sua mãe morreu quando ele tinha poucos anos de vida e seu pai viajava muito.Tagore frequentou pouco o ensino regular, preferindo perambular pela mansão ou por devaneios próximos: Bolpur, Panihati e outros. Após sua iniciação upanaiana aos onze anos, Tagore deixou Calcutá em 14 de fevereiro de 1873 para uma viagem pela Índia com seu pai por vários meses. Eles visitaram o estado de seu pai, e pararam em Amritsar antes de chegar à estação do monte Himalaia de Dalhousie. Lá, o jovem "Rabi" leu biografias e foi educado em casa em história, astronomia, ciência moderna e sânscrito e analisou a poesia de Kālidāsa. Finalizou grandes obras em 1877, inclusive uma série de dez canções (publicadas pela Visva Bharati University no vol. 21 de sua obra musical completa), cujos textos foram escritos no estilo maithili iniciado séculos antes por Vidyapati. Publicado sob pseudônimo, os estudiosos aceitaram-nas como as obras perdidas de Bhānusiṃha, um poeta Vaiṣṇava do século XVII recém-descoberto  Escreveu "Bhikharini" (1877), "A Mulher Pedinte", o primeiro conto em língua bengali e Sandhya Sangit (1882) - incluindo o famoso poema "Nirjharer Swapnabhanga" ( "O Vigor da Cachoeira").
Estudou Direito na Inglaterra de 1878 a 1880. Retornando ao país em 1890 para administrar propriedades agrícolas da família, dedica-se ao desenvolvimento da agricultura e a projetos de saúde e educacionais. Com formação filosófica, chega a criar uma escola em 1901, dedicada ao ensino das culturas e filosofias ocidentais e orientais. Sua obra poética compreende uma coleção de três mil poemas em língua bengali sobre temas religiosos, políticos e sociais.
A obra em prosa, orientada por preocupações humanistas, é extensa. Inclui oito novelas, 50 ensaios e contos.
Como músico, compôs cerca de duas mil canções num estilo próprio conhecido como "rabindra-sangita", no qual fundiu a música clássica indiana (sobretudo a hindustani) com as tradições folclóricas de diferentes partes da Índia, mas sobretudo de sua terra natal, Bengala. No campo da música pode-se afirmar que foi um inovador, já que procurou expressar musicalmente as cores e sutilezas de seus versos inspirados. Segundo Arnold Bake "em suas composições, Tagore trouxe de volta o sentido do significado e da importância das palavras, afastando-a dos floreios e ornamentos para o seu próprio bem". Assim, enquanto na música clássica hindustani as palavras possuem um papel subsidiário e o raga se desenvolve através de improvisações que por vezes tornam o texto incompreensível, no estilo de Tagore as regras de prosódia são sempre seguidas e os ornamentos vocais são discretos, para que o sentido do texto não deixe de ser compreendido. Essa foi aliás uma das preocupações do jovem Rabindranath que já em 1881, recém-chegado da Inglaterra, ansiava por um maior entrelaçamento entre poesia e música, tal como demonstrou em sua palestra "Songit o Bhab" (Música e Emoção), publicada posteriormente numa coletânea de artigos sobre música intitulada "Pensamento Musical"(Songit Cinta).
No campo de sua produção literária, o volume de poesias mais conhecido é Oferenda Poética (1913-1915). Seus últimos trabalhos, entre eles Cantos Musicais (1910), são classificados dentro do Simbolismo.
Tagore participou do movimento nacionalista indiano e era amigo pessoal de Mahatma Gandhi que o chamou de Sentinela da Índia. Como escritor, tornou-se famoso na Índia já nos primeiros anos de carreira, alcançando notoriedade no Ocidente quando da publicação de seus textos traduzidos para o inglês, muitos deles pelo próprio autor. Tagore ganhou a admiração de escritores como William Butler Yeats, que assinou a apresentação de seu livro Gitangali em sua edição britânica.
Em 1913, torna-se o primeiro escritor asiático a ser agraciado com o Nobel de Literatura. Renuncia, em 1919, como forma de protesto contra a política britânica em relação ao Punjab, ao título de Sir concedido a ele pela Coroa Britânica em 1915.
Cquote1.svgO homem só ensina bem o que para ele tem poesia. Cquote2.svg
Rabindranath Tagore

Principais obras

Rabindranath Tagore e o Mahatma Gandhi.
Contos e romances
  • Gora (1910)
  • Ghare-Baire (1916) [The Home and the World]
  • Yogayog (1929) [Crosscurrents]
Poesia
  • Manasi (1890) [The Ideal One]
  • Sonar Tari (1894) [The Golden Boat]
  • Gitanjali (1910) [Song Offerings]
  • Raja (1910) [The King of the Dark Chamber]
  • Dakghar (1912) [The Post Office]
  • Gitimalya (1914) [Wreath of Songs]
  • Achalayatan (1912) [The Immovable]
  • Gardener (1913)
  • Balaka (1916) [The Flight of Cranes]
  • Fruit-Gathering (1916)
  • The Fugitive (1921)
  • Muktadhara (1922) [The Waterfall]
  • Raktakaravi (1926) [Red Oleanders]


-------------------------------------
-------------------------------------------------------------
-------------------------------------


O CANTO DO SANYASY

Faze vibrar o canto! A ode que nasceu
Lá longe,onde mácula alguma do mundo jamais chegou,
Nas cavernas das montanhas e nas clareiras das frondosas selvas,
Cuja calma nenhuma ânsia de luxúria,fama ou fortuna
Atreveu-se jamais a turvar,lá onde fluía a torrente
De sabedoria,verdade,e a bem-aventurança que as acompanha,
Canta alto este mantra - intrépido Sannyasin! - dize:
"Om tat sat,Om"

Rompe teus grilhões! Laços que te atam
De ouro reluzente ou de metal ordinário,
Amor,ódio,bem,mal,e todas as demais dualidades.
Sabe: escravo é escravo acariciado ou açoitado,nunca liberto.
Pois algemas,embora de ouro,nem por isso
Menos fortes são ao encadear.
Então fora com ela - valoroso Sannyasin! - fala:
"Om tat sat,Om"

Dissipa a obscuridade! Fogo fátuo que agrega,
Com luz tremeluzente,mais sombra sobre sombra.
Extingue para sempre esta sede de vida que arrasta
A alma,de morte a nascimento,de nascimento a morte.
Conquista tudo,aquele que conquista a si mesmo.Sabe isto
não te rendas jamais- bravo Sannyasin! -clama:
"Om tat sat,Om"

"Quem semeia colhe"- dizem -e a causa trará
O inevitável efeito: o bem,bem;o mal,mal,e ninguém
À lei escapa.Pois qualquer que tome uma forma
Tem que aceitar os grilhões.Absolutamente certo! Contudo,mais além
De nome e forma está o Atman,sempre livre.
Sabe que tu és Aquele - pertinaz Sannyasin - louva:
"Om tat sat,Om"

Ignoram a verdade aqueles que sonham sonhos tão frívolos
Como pai,mãe,filhos,esposa e amigo.
O Eu Supremo assexuado,de quem é pai,de quem é filho?
De quem amigo,de quem inimigo é Ele,que não é senão o Uno?
O Eu Supremo é o todo em tudo,ninguém mais existe.
E tu és Aquele - valente Sannyasin! - afirma:
"Om tat sat Om"

Só existe Um: o Liberto,o Conhecedor,o Eu Supremo!
Sem nome,forma ou nódoa.
Nele está Maya,sonhando todo este sonho.
Ele,a testemunha,manifesta-se como natureza e espírito
Sabe que tu és Aquele - denodado Sannyasin! - exclama:
"Om tat sat,Om"

Onde buscas?Aquela liberdade,amigo,nem este mundo
Nem o outro te podem dar.Vã é tua procura
Em livros e templos.É só tua mão que agarra
A corda que te arrasta.Cessa,portanto,teu lamento,
Solta a amarra - indômito Sannyasin! - exalta:
"Om tat sat Om"

Dize:Paz a todos!De mim não haja risco
Para qualquer ser vivo.Nos que habitam as alturas e
Naqueles que rastejam pelo chão,eu sou o Eu Supremo!
Renuncio a toda vida aqui e além,
A todos os céus,terras e infernos,a todas esperanças e temores.
Corta assim todos os teus laços - arrojado Sannyasin! - brada:
"Om,tat sat,Om"

Não te importes mais como este corpo vive ou morre.
Tua tarefa está feita.Deixa que karma te conduza em sua corrente.
Que alguém te ponhas guirlandas e outro te maltrate
Esta carcaça- nada digas!Não pode haver elogio ou vitupério
Onde o que elogia e o elogiado,o caluniador e o caluniado são Um.
Sê,assim tranqüilo - destemido Sannyasin! - celebra;
"Om tat sat,Om"

A verdade nunca medra onde habitam luxúria,fama
E cobiça de lucro.Nenhum homem que pensa em mulher
Como esposa pode ser perfeito.
Tampouco aquele que possui o mais ínfimo bem;nem
Aquele ao qual a ira subjuga pode trespassar as portas de Maya.
Portanto,abandona tudo isso - ousado Sannyasin! - glorifica:
"Om tat sat,Om"

Não tenhas casa.Que lar pode te conter, amigo?
O céu é teu teto,a relva teu leito e,alimento,
Aquele que o acaso te traga- bem ou mal cozido -não o julgues.
Comida ou bebida alguma corrompem aquele nobre Eu Supremo
Que se conhece a Si Mesmo.Tal como um rio impetuoso e livre,
Sê sempre tu mesmo - corajoso Sannyasin! - exprima:
"Om tat sat,Om"

Raros são os que conhecem a Verdade.Os demais te odiarão
E rir-se-ão de ti- Ó Grande! -mas não lhes faças caso.
Vai- Ó Livre -de lugar em lugar e ajuda-os
A sair da obscuridade do véu de Maya.
Sem temer a dor e sem buscar prazer,
Transcende a ambos - estóico Sannyasin! - recita:
"Om tat sat,Om"

Assim,dia após dia,até que exaurido o poder de karma,
Libera tua alma para sempre.Não mais nascimento!
Nem eu,nem tu,nem Deus,nem homem!O "Eu" tornou-se o Todo,
O Todo é o "Eu",é Beatitude,Bem-aventurança.
Sabe que tu és Aquele - audaz Sannyasin! - canta:
"Om tat sat,Om"

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Nenhum comentário:

Postar um comentário

MINIPLAY